Gênio, visionário, guitar hero, inovador, mosntro da guitarra, astro; vários são os adjetivos usados quando o assunto é Jimi Hendrix; porém, sempre acaba faltando algo quando se escreve ou fala sobre o mito.
No início da noite da última quarta-feira, em uma conversa com meu amigo e blogueiro Rogério Vaz, ele me perguntou se eu havia lido um post que ele me sugeriu; para minha surpresa, leria uma interessantíssima reflexão que ele havia feito em seu blog, Projeto Descobrir, sobre uma errônea opinião do genial Caetano Veloso a respeito de Hendrix, feita em seu livro Verdade Tropical e que, Rogério, por coincidências do destino, postou logo no dia em que há 42 anos (18 de setembro de 1970) o homem que levou a guitarra a um novo patamar havia partido.
Reflexão que concordo 100% e gostaria de compartilhar aqui com você, leitor(a) do blog, e também convido a fazer essa mesma atividade:
Johnny Allen Hendrix é o nome dessa figura emblemática do rock. Mais conhecido como Jimi Hendrix, esse americano de Seattle é um divisor de águas na história do rock.
É muito estranho esse lance de comemorar aniversário de morte mas, apesar de não gostar deste costume, por coincidência hoje faz exatos 42 anos que esse alienígena se foi, deixando um legado atemporal e inquestionável para nossas gerações.
No dia 18 de Agosto de 1969, 13 meses antes de sua morte, Jimi Hendrix subia ao palco de Woodstock. Sua apresentação estava prevista para o dia anterior, mas como houve problemas técnicos e a banda não conseguiu resolver o show ficou para aquele inesquecível dia 18, em plena segunda-feira. Apesar de tudo isto os presentes naquela manhã de agosto foram brindados com uma das mais celebradas atuações do guitarrista, por muitos considerada o ponto alto do festival.
Seus 7 anos de carreira transformaram a humanidade e o colocou na poltrona canônica do rock. Talvez parte do estilo único de Hendrix se deve ao fato de ele ter sido um canhoto.
Embora ele tivesse e usasse diversos modelos de guitarra durante sua carreira, sua preferida, e que será para sempre associada a ele, era a Fender Stratocaster. Ele comprou sua primeira Strato por volta de 1965 e usou-as quase constantemente durante o resto de sua vida.
Depois de sua morte Eric Clapton passou a tocar com uma Fender Stratocaster e em homenagem ao amigo disse:
“A minha mudança para a Stratocaster foi uma homenagem a Hendrix. Já que ele não estava mais entre nós, senti que deveria fazê-lo. Jimi fazia misérias com aquela guitarra e ela nunca desafinava, ela era indestrutível.”
Jimi influenciou profundamente Eric. Depois que se conheceram, em 1966, ele começou a vestir-se e usar o cabelo como Jimi e adotou um estilo de tocar mais relaxado. Para vocês terem ideia Sunshine of Your Love foi escrita em homenagem a Hendrix, mas a admiração era recíproca; em 1967 os Beatles haviam lançado o álbum Sgt. Peppers numa sexta-feira e na segunda-feira, Paul McCartney foi assistir um show de Jimi Hendrix. Jimi já estava mandando bala num cover de Sgt. Peppers, simplesmente detonando sua strato. Parou no meio da música e perguntou: “Alguém aí sabe se EricClapton está na plateia?” Alguém respondeu que sim, então Jimi disse: “Será que ele poderia vir aqui em cima afinar minha Strato?” – Quem contou essa história foi próprio Paul McCartney em entrevista.
A quem ouse questionar o talento de Jimi Hendrix, e uma dessas pessoas é o Senhor Caetano Veloso, em seu livro Verdade Tropical, onde ele diz:
“Eu me impressionava com a modernidade de Hendrix (e disse isso a Augusto na entrevista para o balanço da bossa): seu canto falado, sempre meio escondido atrás dos sons dos instrumentos, sua guitarra meio blues meio strockhausen, sua figura marginal, tudo fazia dele um emblema da época, tudo levava a pensar que nele os temas fundamentais se radicalizavam. Mas havia, para meu gosto, muita confusão em seu som, muito prato de bateria, muito “jazz”. Por um lado eu não conseguia gostar mais daquilo do que gostava dos Beatles e, por outro, sentia-me atraído por James Brown e seus gritos limpidamente rasgados sobre o suingue enxuto de sua banda. Jimi Hendrix comparado com ele, parecia algo importante e sério, embora ingênuo. Mas a música de puro entretenimento de Brown, além de me ser mais facilmente agradável, era representativa de uma tradição americana de precisão que me interessa grandemente. Os estilos criados por negros nesse ambiente de culto da nitidez são absolutamente maravilosos: havia em James Brown um encanto que reencontro em Stevie Wonder, Prince e Michael Jackson.” [Verdade Tropical, pág. 188]
Apesar de respeitar muito a opinião do Caetano Veloso, que é um artista que tem uma carreira que já ultrapassa quatro décadas e que construiu uma obra musical marcada pela releitura e renovação, considerada de grande valor intelectual e poético, vejo na sua aáalise uma comparação sem sentido, pois James Brown tocava um estilo Soul, Funk e R&B, enquanto Jimi Hendrix tinha como característica um som mais psicodélico e Hard Rock (me corrija se eu estiver errado).
A verdade é que Jimi Hendrix até hoje é um cara além do seu tempo: é simplesmente inimaginável colocar fogo e destruir a guitarra depois de um show e, convenhamos, que sua obra ultrapassa o entendimento humano. Não é para entender, é para sentir, e rock meus amigos, é terapia para alma.
Por Rogério Vaz
opa esse blog fico daora mano , e o Jimi Hendrix é um Genio da guitarra , fico chateado de ele ficar famoso em 1968 e morrer em 1970, 2 anos so como supertars e ainda é o melhor =)
Fala Mário! Realmente é foda de pensar que o mestre Hendrix pode curtir apenas 2 anos do seu estrelado, porém, como você bem frisou, foi o suficiente para ele deixar sua marca na história da música. Ouvi uma frase ontem sobre o Michael Jackson que acho que se aplica bem ao guitar hero: “Você sabe se um cara é um gênio, através do impacto que ele causa na cultura e no mundo.” Com toda certeza seu impacto e seu legado serão eternos!
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