Maior jogo de luta da história dos games completa 25 anos este ano.
“Cara, fazer um hadouken é fácil, você aperta pra cima e pra baixo duas vezes, aperta ao mesmo tempo X e Y, dá uma meia lua, daí você solta ele!” Se você também fazia confusão na hora de entender essa mensagem, sua infância, adolescência, sua vida foi muito mais feliz e completa graças a um grande fenômeno dos games e da cultura pop: Street Fighter!
A origem desta história de sucesso começa em 1987, quando a Capcom lança o game de luta Street Fighter, que obteve pouca repercussão de início, porém já trazia algumas inovações com os controles, compostos por 1 joystick e 2 botões hidráulicos, que dependendo da força davam potência diferente ao golpe.
O jogo acompanhava Ryu ou Ken, que duelavam com 10 lutadores de 5 países. Alguns dos golpes já chamavam a atenção e ficariam cravados na memória dos jogadores, como o famoso “Hadouken”.
Curiosamente, meu primeiro contato com a saga não se deu em algum fliperama da vida ou em alguma locadora de vídeo-game, mas sim com o célebre desenho exibido no SBT, de 95, que era baseado, naquele que um pouco depois viria a jogar, no segundo título do game: Street Fighter II, lançado em 91 e que deu o reconhecimento mundial ao mesmo.
Lançado em 91, Street Fighter II foi o título que deu o merecido reconhecimento mundial a franquia.
Era impossível não parar em frente a TV, para acompanhar Ryu e Ken em suas viagens mundo afora para melhorarem suas habilidades em artes marciais, sem contar a cena do primeiro Hadouken soltado por Ryu, que até hoje é clássica!
Voltando para o jogo, Street Fighter II me conquistou, e milhões de fãs, graças ao visual “moderno” dos cenários, sua trilha frenética, os golpes precisos, por ter um clima de luta bem disputada e, por fim, pelo mais variado leque de opções de lutadores de diferentes nacionalidades. Tudo isso garantia reuniões e campeonatinhos entre amigos e familiares, durante várias tardes sem ver o tempo passar.
Menu do jogo.
A popularidade e o fenômeno eram tão grandes, que gerou um filme em 1994 estrelado pelo astro Jean-Claude Van Damme (Guile) e Raul Julia (Bison); tinha tudo para ser memorável, mas o que se viu foi um dos piores filmes da história da humanidade! Nada, absolutamente NADA, se salva dessa bomba! Tudo ali é um desastre, a começar pelo enredo completamente equivocado, que traz como protagonista o coronel Guile, porque trazer o protagonista de uma nação que não fosse os EUA seria um afronto, segundo porque não se via um poder sequer sendo lançado por algum lutador, com exceção dos protagonistas Guile e Bison, mas isso só lá no final, e, por fim, aquela cena ridícula da foto do fim do filme causa vergonha alheia até hoje!
Estrelado por Van Damme e Raul Julia, filme de 94 foi um fiasco e decepcionou milhões de fãs.
Recentemente, lançou-se outro filme, mas desta vez de um personagem solo e, curiosamente, foi a personagem Chu-Li! Como a sequela do filme de 94 foi grande, boa parte do público fugiu deste, grupo do qual faço parte e dificilmente eu sairei!
Com o passar do tempo, vários crossovers foram surgindo, alguns ótimos e outros nem tanto; o primeiro deles foi em 96 com X-Men VS. Street Fighter, mas o mais legal viria um ano depois com Marvel Super Heroes VS. Street Fighter, que trazia os principais heróis das hq’s em combate com os consagrados lutadores da Capcom.
Neste ano, em comemoração aos 25 anos do jogo, a Capcom brinda a legião de fãs e admiradores com um mega presente: um pacote chamado “Street Fighter 25th Anniversary Collector’s Set”, que será vendido a partir do dia 18 de setembro nos Estados Unidos ao preço de US$ 150.
Caixa comemorativa dos 25 anos do jogo.
A caixa traz 15 discos com os games “Super Street Fighter 2 Turbo HD Remix”, “Street Fighter III Third Strike Online Edition”, “Super Street Fighter IV Arcade Edition” e “Street Fighter X Tekken”. Há ainda a inclusão de um documentário, todos os episódios da série animada, 11 cd’s da trilha sonora, uma estatueta de Ryu soltando um “Shoryuken” e uma réplica do sinto do lutador.
Confira abaixo o vídeo de promoção da caixa comemorativa:
Miscelânea Cult 