José Carlos Brito de Ávila Camargo, mais conhecido como Zeca Camargo, para mim possui uma característica peculiar perante aos outros jornalistas, e que o torna diferenciado: o fato de ser o jornalista mais 8 ou 80 do Brasil! Ou escreve e faz matérias maravilhosas ,marcantes, ou faz o inverso a ponto de levar o espectador ou leitor à um ataque de nervos. E é por isso que admiro este jornalista.
Já vivi esses dois extremos.Fiquei irado com esses dois textos: http://colunas.g1.com.br/zecacamargo/2008/08/15/madonna-extra/#comments http://colunas.g1.com.br/zecacamargo/2008/02/18/los-saicos-y-miguelito/#comments
E maravilhado com esses: http://colunas.g1.com.br/zecacamargo/2009/10/27/entao-voce-poria-bravo/#comments http://colunas.g1.com.br/zecacamargo/2009/06/29/o-pop-segue-sem-seu-rei/#comments
Quarta-feira (dia 19) houve um congresso realizado por minha faculdade, um evento que diga-se de passagem já vem ganhando força, o COMINE (Congresso Mineiro de Empreendedorismo), cujo palestrante foi o Zeca com a palestra de tema Ultrapassando Limites.

Palestra Ultrapassando Limites.
A palestra começou de uma forma ótima, com Zeca dando um resumo em sua carreira (da qual curto muito a fase da MTV) e aliando suas ideias de matérias ao empreendedorismo. Mas no meio dela começaram as oscilações: como o palestrante é famoso por suas voltas ao mundo, ficou uma hora falando no assunto, do qual gostei em alguns trechos quando contava histórias interessantes soltava frases bacanas, como a de que ele mais gosta dessas viagens mundo afora é a de que mesmo com culturas diferentes somos todos iguais com a mesma essência. A uma certa altura já estava começando a ficar maçante o assunto, e parecia que a palestra não iria ser boa; mas ,Zeca Camargo como todo grande jornalista, tinha uma ás na manga, que tornou a palestra interessante novamente e deu uma alavancada nela.
Num ato que me surpreendeu a muitos, inclusive a mim, ele diz que como jornalista gosta de uma entrevista e naquela ocasião gostaria de ser entrevistado, ter um bate papo com os participantes da palestra sobre qualquer assunto. Foi aí que tive a chance de fazer uma “entrevista” e começaria um encontro que mudaria minha visão sobre o jornalista.
Aproveitando a oportunidade fiz duas perguntas à ele referentes à MTV,que foram: “Na opinião dele quais foram as mudanças positivas e negativas que aconteceram nos 20 anos da emissora e se ele retornasse hoje para a MTV que mudanças ele faria na configuração da mesma?”.

Eu entrevistando Zeca Camargo

Zeca respondendo minhas perguntas
Fiquei feliz com os elogios que recebi dele devido às perguntas e por ter se mostrado satisfeito em respondê-las. Zeca disse que as mudanças positivas são o fato de o canal virar um ponto de referência não só aos jovens, mas pra TV brasileira em geral. Disse que o canal é um celeiro de talentos, muitos deles estão inclusive atrás das câmeras (muitos diretores e produtores foram contratados por outras emissoras, para levar esse jeito MTV de fazer tv) e o fato de estar sempre inovando sua programação. Ele disse que hoje há bons programas na emissora e falou também que não dá mais pra ser uma emissora só musical, pois hoje por ser viável ver videoclipe até no celular, não é possível só falar de música, tem de falar também de outros interesses dos jovens (inclusive citou que MTV dos EUA virtualmente não passa clipes e sim realitys-shows). E foi aí que ele falou dos pontos negativos, que estão justamente do fato de esses programas no estilo Jersey Shore, serem os interesses dos jovens atualmente, o que pra ele é o fim da picada!
Já pra segunda pergunta, sua resposta foi de que ele tentaria manter a emissora com essa característica de estar reinventado sua programação e forma de linguagem perante ao telespectador a cada ano, e tentar manter a MTV como um canal que revela novos talentos (e citou Marcelo Adnet como o principal talento da emissora hoje).
Depois de respondidas as perguntas, com a ajuda do meu amigo, fotógrafo, colega e futuro impostor do programa Pânico na TV, Rogério Vaz me disse onde estava estacionado carro que levaria Zeca Camargo embora do local do evento e que se fosse até o local com ele conseguiria um autógrafo no meu exemplar do livro De a-ha a U2 (que comentarei num futuro post).
E foi nesse momento que Zeca ganhou mais um fã; ao avistá-lo perguntei se ele poderia autografar meu livro, ele muito atencioso disse que sim e pra me falar meu nome, pois queria fazer uma dedicatória bacana. Quando disse meu nome até brincou que éramos parentes por causa do sobrenome Avila; ainda respondeu mais uma pergunta minha agora referente ao meu grande ídolo Michael Jackson (quem leu o livro vai entender ela) que foi: “Se ele escrevesse um capítulo referente à ele qual música ele indicaria?” Ele escolheu Leave Me Alone, pois ao relembramos algumas canções do rei do pop me disse que não queria fazer uma escolha óbvia, ainda agradeci à ele pelas indicações das músicas do Caetano Veloso (que ele ficou feliz em saber que ouvi) e do Queensrÿche que estão presentes no livro.

Zeca Camargo autografando meu exemplar do De a-aha a U2

Momento autógrafo novamente

Lucas um grande abraço! Um fã de música é sempre um amigo. Ass: Zeca
Ao final do nosso curto, mas bacana bate papo, ele autografou meu livro e foi embora, mas este mero escriba ficou, além de feliz com esse encontro, marcado por algumas lições que este grande jornalista brasileiro deixou na palestra, da qual destaco uma frase: “Se você tem uma ideia genial, não a guarde para si; divida com os outros e se achar outros malucos que compartilham ela junte-se a eles e a divulgue mundo afora!”

Fim de palestra