A memória que quero preservar na última lágrima na chuva

Recentemente meu grande amigo e mestre Moacir propôs um interessante exercício de reflexão no Facebook, em analogia a clássica cena do monumental Blade Runner-O Caçador de Andróides: “Se você pudesse preservar uma última memória que se perderia como lágrimas na chuva, qual seria?” 

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Pacino Vs. De Niro

Fogo Contra Fogo

De um lado do ringue, o filho de Don Corleone, que manda os inimigos dizer olá para seu pequeno amigo, que já foi a encarnação do tinhoso: Al Pacino. Do outro, o taxista mais icônico de Nova Iorque, que já enfrentou Sylvester Stallone, e grande ícone dos filmes de gângsteres: Robert De Niro.
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Fazendo justiça

Lançado em 93, terceiro disco do RPM, traz um som mais pesado e influenciado pelo grunge.

Lançado em 93, terceiro disco do RPM traz um som mais pesado e influenciado pelo grunge.

No fim de março de 2010, em uma das reuniões com J.Júnior para planejar o que viria a ser este blog, uma das ideias que tinha em mente e estava presente nos meus rascunhos para possivelmente colocar em prática, era a de uma coluna chama “Fazendo justiça”, onde discos subestimados da música nacional e internacional seriam analisados; e o disco que abriria ela seria Paulo Ricardo & RPM, de 1993.

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Vivendo o sonho novamente

Documentário dirigido por  Davis Guggenheim, mostra o processo de gravação de Achtung Baby.

Documentário dirigido por
Davis Guggenheim, mostra o processo de gravação de Achtung Baby.

“Temos planos novos para o U2. Não é nada de mais, mas a gente vai dar um tempo, para poder sonhar com tudo isso de novo.” Bono Vox, 1989. O final da década de 80 não terminou da maneira como deveria para o grupo irlandês; após o lançamento do documentário, e disco, Rattle and Hum em 88, que registrou a bem sucedida turnê norte-americana de The Joshua Tree e as excelentes parcerias com B.B King e Bob Dylan, a crítica não foi nada generosa e desceu a lenha, dizendo que aquilo era uma atitude megalomaníaca de um grande grupo de rock que estava perdido devido ao grande sucesso conquistado.

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Os 13 Sintomas

Festival que mobilizou a população mundial em 1985 na luta contra a AIDS, deu origem ao dia do rock.

Não é exagero afirmar mas, há exatos 27 anos atrás, um mega evento fez com que a Terra literalmente parasse: acontecia o Live Aid, cujo objetivo era o de conscientizar a população mundial sobre uma grave doença, que nos 80 e 90 era a garantia de morte: a AIDS.

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Achtung Baby

Clássico de 91 foi determinante para carreira do U2 e para história do rock.

Fazer a introdução do post de hoje, não foi uma tarefa das mais fáceis, pois quem frequenta este blog e chegou a ler boa parte dos textos que escrevo sobre música, já deve ter percebido que um primo que considero como irmão, teve um papel importantíssimo na minha formação musical. Ainda me lembro bem de quando começamos a trocar ideias e nosso elo de ligação era nosso grande ídolo Michael Jackson, e todas as dúvidas que eu tinha sobre o rei do pop lá estava Jean Jones para tirá-las, e se hoje sou grande fã do astro, devo muito a seu incentivo, que aliás, foi muito além da fronteira do pop, quando comecei a passar as férias em sua casa, nos meus 16 anos, Jean tinha a maior paciência do mundo em não só mostrar grandes nomes do rock nacional e internacional, mas também, das jóias da dance music dos anos 80 e 90, e além de contar a história de cada um deles, comentava comigo a discografia desses artistas de forma minuciosa, e até hoje me apresenta dicas fodásticas de artistas novos, clipes e dvd´s musicais, vivemos filosofando sobre os tempos áureos da MTV Brasil, cinema, cultura pop e manifestações culturais que fazem esse planeta girar.

Eis que numa troca de e-mails, meu grande guru musical me surpreende com uma proposta irrecusável: fazer uma participação especial no blog comentando uma importantíssima obra do U2: Acthung Baby. Nem pensei meia vez em topar a participação e, ao receber seu e-mail com seu texto, me emocionei com seu relato de um fã que tem uma belíssima relação de admiração e amor à música; posso ser suspeitíssimo para falar da qualidade do texto e de seu autor, mas para o leitor que lê esse post, ter uma noção do que a amizade com esse cara representa pra mim, é a mesma coisa que Quincy Jones representou para Michael Jackson!

Sem mais delongas, confira abaixo o parecer de Jean Jones sobre um dos maiores marcos, da maior banda de rock em atividade no mundo:

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Realidade Em Preto E Branco

Com seu estilo único, Sebastião Salgado consegue fazer importantes críticas sociais através de suas belas fotografias.

 Além do nome deste blog, devo também ao meu amigo e fotógrafo Francisco Jr (Chico) o fato de ter conhecido e descoberto, a grandiosa obra e a genialidade de um dos maiores fotógrafos do mundo, e que para nosso orgulho é brasileiro: Sebastião Salgado.  

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Rock On Photo

Fotografias de Mark Seliger possuem alto grau de intimidade e intesidade.

Para começar bem a nova categoria do blog, que irá destinar-se a uma das mais belas artes, a Fotografia, nada melhor do que um fotógrafo que transmite um alto grau de intensidade e intimidade com suas imagens.

Mark Seliger foi o principal fotógrafo da Rolling Stone EUA no período de 1992 a 2002, produzindo mais de 100 capas. Suas fotos conseguem transmitir as mudanças que não só o mundo passou como também a cultura pop, a moda e a indústria fonográfica.

Atualmente Seliger reside na cidade de Nova York e trabalha para a Conde Nast Publications e ainda faz colaborações para a Rolling Stone.

Abaixo segue algumas das principais fotografias de Mark Seliger:

Eddie Vedder vocalista do Pearl Jam

Gisele Bündchen, foto feita em 2000

Johnny Cash

Katy Perry em ensaio recente para a Rolling Stone EUA

Lenny Kravitz

Michael Stipe vocalista do R.E.M

Metallica na época do auge do sucesso com seu antológico Black Album de 1991

Os líderes do Rolling Stones Mick Jagger e Keith Richards

Nirvana. O interessante da fotografia é a mensagem crítica e irônica do vocalista Kurt Cobain que diz: Revistas Corporativas Continuam Um Saco.

Paul McCartney

Red Hot Chilli Peppers clicados em junho de 1992. Nesta imagem original, aparecem os então quatro integrantes - Chad Smith, Anthony Kiedis, Flea e John Frusciante. Mas Frusciante saiu do grupo antes de a revista ir para as bancas e foi apagado da capa.

U2

White Stripes

O Incrível Mundo Do Backstage

Livro de Zeca Camargo traz divertido panorama dos bastidores do mundo da música

De a-ha a U2, mas poderia muito bem ser como o próprio autor diz no texto da contra-capa: De Björk a Nirvana, de Madonna a Renato Russo, de Cazuza a Mick Jagger ou de Metallica a Lauryn Hill.

O primeiro livro musical de Zeca Camargo traz um divertido (e descobridor) panorama do que rola nos bastidores do mundo da música, através das histórias do que rolou nas entrevistas musicais que fez ao longo de sua carreira até o ano de 2006 (o livro foi lançado em 4 de outubro de 2006), que abrange sua fase na Folha de São Paulo, MTV,  até chegar na sua atual fase no Fantástico, da Rede Globo.

O que chama a atenção na leitura da obra é o fato do texto dar uma proximidade entre o fã e seu artista favorito, que vivem uma relação de distância e que é quebrada graças ao livro. E também o divertido e coloquial tom que Zeca usa em seus textos, o que permite ao leitor uma proximidade com o autor numa espécie de bate papo musical.

Composto por 53 capítulos que estão classificados em verbetes em ordem alfabética, alguns são uma verdadeira aula não só de jornalismo como de história da música e sobre como funciona o show business.

Vários são os capítulos que chamam a atenção; um particularmente eu fiquei com uma certa nervosia devido a visões opostas com o autor sobre o grupo norueguês a-ha, mas em compensação nos demais me deliciei com os relatos dos encontros com os mega ídolos, que ampliam o conhecimento musical e fazem, sem a gente ver, as horas passarem em segundos!

Os relatos que se destacam são: De Alanis Morissette, artista que Zeca Camargo mais entrevistou, Renato Russo, em sua antológica entrevista para a MTV em 1993, onde ele prega uma peça na equipe do jornalista, o esquema profissional de Madonna, a simpatia dos até então “bad boys” da mídia Axl Rose(onde Zeca foi na verdade uma espécie de tradutor) e Johny Rotten , que trataram super bem o jornalista, um cansado Jon Bon Jovi, a não entrevista com o Coldplay( causada por Chris Martin), a corajosa declaração de Cazuza admitindo ter AIDS, o episódio em que os Titãs salvaram a pele do jornalista quando ele era bailarino em São Paulo, o que rola nos bastidores do “Oscar” do videoclipe o VMA que tem um capítulo dedicado ao evento no relato do Pearl Jam, como é feito o processo de fabricação de um ídolo teen (no caso de Britney Spears e Avril Lavigne), os papos com o Metallica,o ansioso jornalista querendo entrevistar seu ídolo Caetano Veloso, a energia e magia sentida nos estúdios de Abbey Road com o Skank, a loucura que foi o Rock In Rio II em 1991 no capítulo do Queensrÿche, e pra fechar com chave de ouro, a maior banda de rock da atualidade( e uma das 10 mais de todos os tempos) U2!

Ao final de cada capítulo o leitor encontra numa escolha pessoal, a indicação de uma música daquele artista que não pode deixar de ser ouvida. Há ainda a divertida seção “As Cinco Mais’ com uma criativa análise crítica e descobertas musicais descoladas de Zeca Camargo em “Perdido em Música” .

Seja para aspirantes à jornalismo, amantes de música e de uma boa e gostosa leitura, De a-ha a U2 é um livro essencial e item obrigatório de cabeceira!