Cult Trash

Tim Burton conseguiu de maneira perfeita retratar a vida do "pior diretor de todos os tempos".

Tanto eu como meu amigo e sócio de blog Jay Jay, somos suspeitos para falar de filmes trash, caseiros, pois somos fãs e admiradores deste gênero que de tão ruim e tosco é ótimo. Mas se este gênero hoje tem o status de Cult, muito se deve a um grande homem e nome dos filmes trash: Ed Wood.

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Um Disco De Despedidas

Último disco com Nando Reis na banda é um bom material titânico

O início das gravações do disco A Melhor Banda De Todos Os Tempos Da Última Semana dos Titãs, não foi nada fácil.No dia 11 de junho, um dia antes da banda entrar no estúdio para gravar o disco, o guitarrista Marcelo Fromer foi atropelado por uma moto em São Paulo e morreu dois dias depois.A perda de Fromer gerou um baque na banda, pois ele ajudou a fundar o grupo, era ativo nas composições da banda e era o responsável por fechar contratos e mexer com a parte burocrática dos Titãs.

No disco sua contribuição também foi importante, compôs em parceria com os demais membros 4 músicas, criou os arranjos e deu a dica para Sérgio Brito insistir nos versos “Enquanto eu andar distraído, enquanto eu andar…” da música Epitáfio, que virou um mega hit da banda. Fromer também era o único membro que conseguia falar numa boa com todos do grupo, principalmente com aqueles que disputavam o posto de líder dos Titãs( na época,segundo Nando, era entre ele, Sérgio Brito e Paulo Miklos).

Mais uma vez a produção ficou a cargo do produtor norte americano Jack Endino, que conseguiu dar mais uma vez um peso nas guitarras, o que fica nítido nas faixas mais pesadas do álbum.Para fazer a guitarra rítmica a banda chamou Emerson Vilani.

O disco começa muito bem com a música Vamos Ao Trabalho, uma canção punk rock, que foi inclusive incluída no show MTV Ao Vivo de 2005, na seqüência mais um sucesso da banda, a faixa-título que traz uma letra muito bem feita que critica os “novos ídolos” que fazem sucesso hoje e desaparecem no outro mês(infelizmente esse tipo de artista ainda surge atualmente no Brasil..) .

Na faixa seguinte já se percebe que Nando Reis já não estava mais tão integrado ao grupo, todas as faixas que canta no disco são composições solo( tal situação se agravou em setembro de 2002 quando saiu da banda) e a terceira O Mundo É Bão Sebastião, que foi a décima-quarta música  mais tocada nas rádios do Brasil em 2002 e que tem um bom número de fãs que adoram ela,  é uma composição muito fraca e que parece que está ali só pra ocupar espaço.Dentre as músicas que ficaram abaixo da média no álbum pode-se incluir, Daqui Pra Lá (que seria mais viável em um disco solo de Brito), Não Fuja Da Dor que possui um excelente arranjo de guitarra mas a performance vocal de Branco Melo nesta faixa não está lá essas coisas,Mundo Cão que  é mediana e uma balada fraquíssima e arrastada composta e cantada pro Nando Reis: Mesmo Sozinho.

Uma grande música do disco e que foi uma grata surpresa, é Bom Gosto, que tem uma letra muito inteligente, aliás uma das melhores já feitas pelos Titãs; Um Morto De Férias além de ter um arranjo de guitarra ótima traz uma letra divertidíssima, assim como Eu Não presto; Isso e É Bom Desconfiar são baladas de boa qualidade e a trinca que fecha o álbum também é muito boa.Bananas traz um divertido panorama da cultura genuína do Brasil, Alma Lavada traz uma ótima performance de Tony Beloto e Cuidado Com Você é uma parceria (mais uma vez) bem feita em conjunto com o gênio Arnaldo Antunes.

Esse álbum  para os fãs dos Titãs é bom ter em sua coleção, não chega a ser uma mega álbum como os da fase áurea, mas é um disco muito bom e que marcou uma despedida com classe do grande compositor e baixista Nando Reis e do guitarrista gourmet Marcelo Fromer.

A Última Herança Do Rei

Disco de remixes mais vendido da história é o último grande disco de Jackson

Infelizmente temos o péssimo hábito no Brasil (alimentado e criado pela mídia) de celebrar “aniversário de morte” de pessoas ilustres. Hoje é um prato cheio, pois um ano atrás acontecia o dia mais triste da história da música que deixou milhões de fãs ( os quais eu me incluo) órfãos:  ” A morte do rei do pop Michael Jackson” !

Poderia aqui reclamar ou chorar as pitangas com esse absurdo de se comemorar o “niver” do falecimento do rei do pop. Mas não vou optar pelo óbvio e vou como forma de homenagear meu ídolo; fazer uma análise daquela que pra mim é a última grande obra de Michael Jackson : Blood On The Dance Floor.

Minha história com esse disco começa em 1997, ano do lançamento do mesmo, quando minha cidade ainda tinha uma loja de discos decente (saudades da Discolândia! ) e ficava namorando a capa do novo cd do rei do pop na vitrine, que não época não tinha condições financeiras para comprá-lo.

Para saciar minha vontade ter e ouvir o disco tinha de me contentar em ver os clipes na TV. Lembro do delírio de ver com exclusividade a estréia do clipe de Ghosts no Domigo Legal, no SBT! E dele sendo reprisado no domingo seguinte devido aos altos pedidos da audiência. Também era exibido muitas vezes no extinto Clipemania da Band, que era apresentado por Sabrina Parlatore, o clipe do perfeito remix de History. Além de claro o clipe da faixa-título, perfeita para agitar uma festa e de encher e contagiar uma pista de dança em questão de segundos!

Passados 7 anos, em 2004, finalmente comprei Blood On the Dance floor, com minha própria grana e pude finalmente escutar as demais faixas inéditas e os remixes.

O disco consiste em cinco faixas inéditas: Blood On the Dance Floor, Morphine, Superfly Sister, Ghosts, Is It Scary e oito remixes do disco anterior (History de 1995)  e foi lançado durante a History Tour(última turnê do cantor).

Meu Deus! Que sensação ótima tive ao escutar Morphine pela primeira vez! Aquele efeito parecendo choque de curto-circuito e a guitarra de Slash, que mais uma vez está senacional e a parte da metade da música onde MJ simula um paciente tomando uma dose de Morfina no hospital, é algo surreal! Viajem total e logo depois vem uma pancada e vem toda a pegada “heavy” da música  novamente!

Na sequencia mais uma música dance ótima e muito ousada para os padrões de Jackson: Superfly Sister. A musica conta a história de uma noite “caliente” de um jovem casal, na qual Susie é uma jovem “santa do pau oco” onde a uma certa altura da música Jackson canta: ” Susie gosta de agitar pegar o garoto e fazê-lo esperar, a mãe está pregando Abraão, os irmãos não dão a mínima…”

A que encerra o set list das inéditas é Is It Scary, uma espécie de Ghosts 2, que contém um execelente beat box de Michael na introdução e que quase foi incluída na trilha do filme A Família Addams II ( só não foi inclusa devido ao porcesso sofrido em 93).

Os remixes que se destacam no disco são os de Earth Song, Stranger In Moscow, 2 Bad (que foi completamente repaginada e feita por Wycleaf Jean)e History que é o melhor remix do disco!

Sem sombra de dúvidas se o disco tive-se mais cinco inéditas do mesmo nível das mesmas existentes, o disco de 97 de Michael Jackson tinha tudo pa ser um dos melhores de todos os tempos e de sua carreira(titulo que pra mim fica dividido entre Bad e Dangerous).

É uma pena que o album seguinte, Invincible de 2001, não manteve o mesmo pique e foi para surpresa de muitos o último disco de Jackson lançado, um album morno é uma obra anã perto da grandiosidade que é o conjunto  da obra do eterno rei do pop( e pra mim da música!).

Se você é fã ou admirador da obra de Michael Jackson, não deixe de ter Blood On the Dance Floor, na sua coleção, disco que foi a ultima grande herança musical deixada pelo rei!