Infelizmente temos o péssimo hábito no Brasil (alimentado e criado pela mídia) de celebrar “aniversário de morte” de pessoas ilustres. Hoje é um prato cheio, pois um ano atrás acontecia o dia mais triste da história da música que deixou milhões de fãs ( os quais eu me incluo) órfãos: ” A morte do rei do pop Michael Jackson” !
Poderia aqui reclamar ou chorar as pitangas com esse absurdo de se comemorar o “niver” do falecimento do rei do pop. Mas não vou optar pelo óbvio e vou como forma de homenagear meu ídolo; fazer uma análise daquela que pra mim é a última grande obra de Michael Jackson : Blood On The Dance Floor.
Minha história com esse disco começa em 1997, ano do lançamento do mesmo, quando minha cidade ainda tinha uma loja de discos decente (saudades da Discolândia! ) e ficava namorando a capa do novo cd do rei do pop na vitrine, que não época não tinha condições financeiras para comprá-lo.
Para saciar minha vontade ter e ouvir o disco tinha de me contentar em ver os clipes na TV. Lembro do delírio de ver com exclusividade a estréia do clipe de Ghosts no Domigo Legal, no SBT! E dele sendo reprisado no domingo seguinte devido aos altos pedidos da audiência. Também era exibido muitas vezes no extinto Clipemania da Band, que era apresentado por Sabrina Parlatore, o clipe do perfeito remix de History. Além de claro o clipe da faixa-título, perfeita para agitar uma festa e de encher e contagiar uma pista de dança em questão de segundos!
Passados 7 anos, em 2004, finalmente comprei Blood On the Dance floor, com minha própria grana e pude finalmente escutar as demais faixas inéditas e os remixes.
O disco consiste em cinco faixas inéditas: Blood On the Dance Floor, Morphine, Superfly Sister, Ghosts, Is It Scary e oito remixes do disco anterior (History de 1995) e foi lançado durante a History Tour(última turnê do cantor).
Meu Deus! Que sensação ótima tive ao escutar Morphine pela primeira vez! Aquele efeito parecendo choque de curto-circuito e a guitarra de Slash, que mais uma vez está senacional e a parte da metade da música onde MJ simula um paciente tomando uma dose de Morfina no hospital, é algo surreal! Viajem total e logo depois vem uma pancada e vem toda a pegada “heavy” da música novamente!
Na sequencia mais uma música dance ótima e muito ousada para os padrões de Jackson: Superfly Sister. A musica conta a história de uma noite “caliente” de um jovem casal, na qual Susie é uma jovem “santa do pau oco” onde a uma certa altura da música Jackson canta: ” Susie gosta de agitar pegar o garoto e fazê-lo esperar, a mãe está pregando Abraão, os irmãos não dão a mínima…”
A que encerra o set list das inéditas é Is It Scary, uma espécie de Ghosts 2, que contém um execelente beat box de Michael na introdução e que quase foi incluída na trilha do filme A Família Addams II ( só não foi inclusa devido ao porcesso sofrido em 93).
Os remixes que se destacam no disco são os de Earth Song, Stranger In Moscow, 2 Bad (que foi completamente repaginada e feita por Wycleaf Jean)e History que é o melhor remix do disco!
Sem sombra de dúvidas se o disco tive-se mais cinco inéditas do mesmo nível das mesmas existentes, o disco de 97 de Michael Jackson tinha tudo pa ser um dos melhores de todos os tempos e de sua carreira(titulo que pra mim fica dividido entre Bad e Dangerous).
É uma pena que o album seguinte, Invincible de 2001, não manteve o mesmo pique e foi para surpresa de muitos o último disco de Jackson lançado, um album morno é uma obra anã perto da grandiosidade que é o conjunto da obra do eterno rei do pop( e pra mim da música!).
Se você é fã ou admirador da obra de Michael Jackson, não deixe de ter Blood On the Dance Floor, na sua coleção, disco que foi a ultima grande herança musical deixada pelo rei!