Por um bom tempo achei que o título de “melhor show nacional que já vi na vida” ficaria de forma vitalícia com o dos Titãs, que assisti juntamente com meu grande amigo André na Fenamilho, naquela memorável noite de quinta-feira de 21 de maio de 2009.
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O Gol De Placa Do Skank

Com mais de 1.800.000 cópias vendidas, o terceiro disco do Skank foi um dos maiores fenômenos do rock e da música nacional.
Dentre os fenômenos que ocorreram no rock nacional, um do qual eu (e milhões de fãs) posso dizer com orgulho que acompanhei de perto, foi o terceiro álbum do Skank: O Samba Poconé. Lançado em 1996 é o primeiro disco da banda (e até o presente momento o único) a ser gravado em SP no estúdio Mosh, e que tinha a difícil missão de suceder o também clássico Calango de 94 que foi um enorme sucesso e para tal a banda convocou mais uma vez Dudu Marote para dividir a produção do álbum.
Luz No Fim Do Túnel

Com seu jeito irreverente e carismático,Zéu Britto é a grande revelação do momento do rock e da música nacional.
A música brasileira praticamente morreu em dois momentos dos anos 90. O primeiro foi no dia 3 de março de 1996, quando o fantástico grupo que esbanjava criatividade,alegria e carisma, Mamonas Assassinas sofreu um acidente aéreo na Serra Da Cantareira, pondo fim em sua carreira em pleno auge e deixando o Brasil mais triste. Já o segundo ocorreu um ano depois,quando o genial músico pernambucano Chico Science, que revolucionou a música e o rock nacional com a Nação Zumbi, sofreu um acidente com seu Fiat Uno no carnaval.
Desde então nada de novo e relevante surgiu em nosso cenário. Pelo contrário, fomos bombardeados de lixos musicais por todos os lados, de Eguinhas Pocotós à Créu,de artistas que pensam que fazem rock mas na sabem nem o significado do gênero( CPM 22,Fresno,Detonautas,Restart,NX Zero e derivados) além das milhares de minhocas do agrobrega do sertanejo universiotário, que querem ser rockstars e que na verdade são verdadeiras ofensas à inteligência humana.
Mas eis que o acaso me presenteia (e os milhões de espectadores) uma mega revelação nesses últimos dez anos, no programa do Jô, um artista de talento nato, carisma surpreendente, com uma composição despojada, o nome da fera: Zéu Britto!
Com influências claras de Tom Zé, Arnaldo Antunes, Serguei e Raul Seixas (por coincidência Zéu nasceu no mesmo estado de Raulzito) Zéu Britto tem músicas divertidíssimas e que deixam seu nome cravado de vez no rock e na música nacional. Além de cantor Zéu também é ator e particpou de alguns trabalhos na TV, sendo o mais notável o seriado Sexo Frágil de 2003.
Confira abaixo a entrevista concedida à Jô Soares que foi ao ar na madrugada de sexta dia 17/12 para 18/12 e descubra esse talento que com o tempo, merece ter seu trabalho reconhecido por mais e mais pessoas no Brasil e mundo afora:
Mantendo O Nível
Final de 2007, bordões como: “O senhor é um fanfarrão!” “Pede Pra Sair!” tornam-se comuns no vocabulário nacional.Mais do que um filme de sucesso sobre os “cavera”, Tropa De Elite, dirigido por José Padilha, tornou-se um importante ícone da cultura pop e da história do cinema brasileiro.
Quando saiu a notícia da continuação, logo me veio uma frase dita muitas vezes no primeiro filme pelo Capitão Nascimento (interpretado por Wagner Moura): “Vai dar merda!”. O primeiro era perfeito e tudo levava a crer que uma possível continuação era desnecessária e poderia até mesmo tirar o brilho da obra de Padilha. Mas para a grata surpresa deste blogueiro que vos escreve, tomei um baita soco na cara (o qual tomei com muito gosto) ao assistir Tropa De Elite 2.
O filme se passa nos dias de hoje, onde Nascimento vira coronel do Bope e Matias (André Ramiro) ocupa o posto de capitão. O início mostra a intervenção do batalhão numa rebelião no Bangu 1 (no ano de 2006), onde ao resgatar um defensor dos direitos humanos, Diogo Ferraz (Irandhir Santos), que fracassa na negociação com os bandidos o capitão do Bope aproveita o descuido do líder da rebelião e o mata na primeira oportunidade que tem.Ai começa as crítica afiadas à sociedade, que Padilha mais uma vez conseguiu fazer de forma magistral.
Se no primeiro filme a dor de cabeça dos caveiras era o tráfico de drogas nos morros cariocas, agora o inimigo como diz o título do filme é outro e bem pior: as milícias formadas pela PM do Rio de Janeiro, onde há uma rede de corrupção violenta envolvendo polícia e política, aliadas e andando lado a lado.
Desta vez também sobrou um espaço para um lado cômico, mas crítico ao mesmo tempo, onde o apresentador do programa Mira Geral (no melhor estilo Datena,Marcelo Resnde) Fortunato (André Mattos) critica a violência urbana mas à enaltece e da audiência através de seu envolvimento com a política e conseqüentemente com a formação das milícias.
Muitos são os pontos altos do filme, dentre eles estão às atuações de todos os atores principais o qual se tem a grata surpresa na ponta de Seu Jorge, a jornalista corajosa vivida por Tainá Müller, e o deputado Diogo Ferraz. A maquiagem feita no personagem do coronel Nascimento está perfeita, refletindo bem os efeitos da idade e de tantos desgastes físicos e emocionais, causados pela sua incessante batalha contra a corrupção e violência. E por fim a perfeita cena em que Matias diz que seu ex mestre se tornou uma parte da engrenagem da corrupta máquina do Estado e a imagem do personagem de Wagner Moura é refletida num espelho sujo.
O único ponto baixo do filme é a inversão de cenas no final, onde a última deveria ser a penúltima, se feito isso a película iria fechar com total perfeição; e o erro quanto à idade de Rafael, que era para ter 13 e é citado com 16.
Tropa De Elite 2 pode até não ser melhor que seu antecessor, fica um pouco abaixo dele, mas continua sendo uma importante arma à favor da sociedade brasileira, na reflexão e revisão de nossos conceitos, é uma grande obra cinematográfica brasileira e deveria ser um filme visto por TODOS os cidadãos de nosso país!
Celebração Ao Rock Nacional
Em 1997 para celebrar os até então (hoje 28 anos) 15 anos de origem da geração B-ROCK de bandas do rock nacional que despontaram nos anos 80 e que fizeram desta a década mais forte da história do genêro, o Vídeo Show juntou os principais nomes dessa geração para um bate papo à respeito do movimento musical que até hoje é referência no país.
Confira abaixo esse encontro de estrelas do rock tupiniquim:
Uma preciosidade musical esquecida
Julho de 2009,férias!Poderia ser só mais uma,mas pra mim não era,alias definitivamente aquela seria(e até um certo ponto foi) a minha pior férias,o motivo? Um cara que é fã de carteirinha de Michael Jackson(desde os 3 anos de idade),lamentando a perda recente de seu ídolo!
Mas num mero acaso, num programa exibido na MTV, e graças à um cd emprestado por meu primo,minhas férias foram salvas!Quem conseguiu essa proeza? LITTLE QUAIL!!!!!!
Tudo começou em uma madrugada quando estava assistindo uma maratona do programa de entrevistas,do programa Infortúnio com a Fúnerea,exibido na MTV.No programa que assisti após a entrevista com Roger do Ultraje a Rigor,foi exibida a de Gabriel Thomaz,vocalista do Autoramas(banda que pra mim é uma baita revelação da década de 00)onde ele falava do início de sua carreira musical no Little Quail,depois é exibido um bom trecho do clipe de 1,2,3,4.
Achei bacana o som,tinha uma característica que gosto muito,a de aliar rock e humor com bastante criatividade e simplicidade!Meu primo e guru musical,Jean Jones,disse que possuía o primeiro cd da banda que tinha a música do clipe e que se quisse-se ele emprestado poderia pegar ele.Mal sabia ele que com esse gesto,minhas férias frustradas estavam sendo salva e meu currículo musical seria enriquecido graças ao som da banda.
Uma da primeiras coisas que me chamou a atenção ao ler o encarte foi o selo que eles pertenciam, no caso o Banguela Records,que era um selo musical dos Titãs que possuía artistas revelação do rock da época(início dos anos 90, e que revelou ao Brasil os Raimundos) e o produtor do disco, no caso, Carlos Eduardo Miranda,o Miranda,atual jurado musical do SBT e que teve papel importante na história do rock nacional!
O cd lançado em 1994, tem como mérito possuir uma boa quantidade de canções, que tem um humor inteligente e simples ao mesmo tempo.Os arranjos,letras,produção e a pegada do disco,fazem com que ele entre fácil numa lista dos melhores do rock brasileiro!
As músicas que me chamaram mais atenção foram: Stock Car(música que faz referência à um famoso jogo de fliperama do início dos anos 90), 1,2,3,4 ,Samba do Arnesto, Berma Is A Monster,Silli Billy, O Sol Eu Não Sei,Sex Song(uma das canções mais engraçadas que já ouvi na vida!) Essa Menina(outro sucesso da banda,que teve clipe veiculado na MTV), Baby Now e Família Que Briga Unida Permanece Unida.
Depois de ouvir o disco e as músicas repetidas vezes,me perguntava: ” Por que o Little Quail,não alcançou um grande sucesso assim como os Raimundos e os Mamonas Assasinas?” Os primeiros culpados nesse caso são a grande mídia, que não deram muita bola e principalmente o povão que preferia escutar uma lambada,ir nos bailões sertanejos e jogou literalmente pra escanteio a banda. A segunda causa está nas letras da banda,pois como possui um humor muito cabeça e apenas uma música mais pop no primeiro disco (Essa Menina) acabou restringindo seu tipo de público,ficou uma coisa mais seleta.
Mas quis o destino que fosse assim, dos 3 integrantes da banda 2 tiveram e tem até hoje uma carreira musical bacana, Bacalhau é atualmente baterista de uma das 5 melhores bandas do rock nacional: Ultraje a Rigor!Gabriel Thomaz é vocalista da banda Autoramas,já Zé Ovo(baixista) foi o único que não deu procedimento a sua carreira musical.
A sorte que temos hoje é de termos acesso à suas músicas,cd´s e videos no youtube, para curtir e apreciar as músicas dessa banda de rock brasiliense fodástica!
Se você ainda não ouviu,não perca tempo e corra atrás do som do Little Quail,escute seu primeiro disco( Little Quail and the mad birds) e deixe sua vida e seu gosto musical mais alto astral!
Chico Xavier: Evolução No Cinema Nacional
Escrevo esse post,no ponto alto de minha comoção perante ao belíssimo e fantástico filme: Chico Xavier;que assisti na noite de sexta passada.Mas vamos com calma e por partes.
Tudo começou meio sem querer querendo(como já dizia Chaves),pois tudo estava planejado para assitir ao filme Homem de Ferro 2,que estreou ontem,mas na hora H houve uma mudança de planos.Um amigo(Rogério Vaz) que me acompanhava,disse:”Lucas não anima de ver o filme do Chico não?!” Minha vontade era de convence-lo a opção oposta de ver a estreia do badalado filme de Downey Jr,porem como bom amante do cinema nacional e por uma vontade que vinha nutrindo há um bom tempo,de assitir o filme,resolvi à ir,mesmo tendo perdido os minutos iniciais e os trailers(sim sou daqueles fanáticos que gostam de ver ate o que antecede o filme).Sorte a minha que essa pequena “mudança de planos” seria uma das melhores coisas que já aconteceram em minha vida!
O principal trunfo do filme,sem sombra de dúvidas é o elenco de primeira,cujo os destaques são: Ângelo Antonio – Chico Xavier (jovem) (1931/1959),Nelson Xavier – Chico Xavier (adulto) (1969/1975),que atuam de maneira tão convincente que dá ao espectador a impressão de ver o próprio Chico na telona,Tony Ramos como o produtor do Pinga Fogo,Cristiane Torloni como sua esposa,Pedro Paulo Rangel como o padre amigo de Chico,Luís Melo (pai) e Letícia Sabatela(mãe).
Uma das coisas que mais impressionam tambem é a evolução de Daniel Filho na direção do filme,ele que tem como trabalho notório a comédia Se Eu Fosse Você,mostra com Chico Xavier que é possivel fazer um filme nacional de apelo ao grande público aliado à qualidade.A cena em que madrinha de Chico lhe da garfadas,os movimentos de camera que dão uma impressão de transe quando Chico Xavier tem sua primeira seção mediúnica e no seu primeiro encontro com Emmanuel(seu espirito guia) e o encontro com este na turbulência do avião que o leva à São Paulo para o programa Pinga Fogo(que foi exibido na TV Tupi,em 71),são momentos antológicos não só do filme mas tambem da história do cinema nacional!
Outro ponto forte do filme é o roteiro muito bem feito de Marcos Bernstein;a frase que Chico diz a respeito de sua desencarnação e a que fecha o filme,são sensacionais!
Ao acabar de assistir esta obra cinematográfica,fiquei com uma felicidade extrema,pois Chico Xavier O Filme,juntamente com Tropa de Elite(outro filmaço do cinema tupiniquim),comprova que o cinema brasileiro esta no rumo certo,evoluindo bem,tem tudo para conquistar mais e mais o público e mostra que se seguirmos este caminho não deveremos em nada,para as produções de Hollywood!
FICHA TÉCNICA
Diretor: Daniel Filho
Elenco: Nelson Xavier, Angelo Antonio, Matheus Costa, Pierre Baitelli, Christiane Torloni, Tony Ramos, Cadu Favero, Paulo Goulart, Pablo Sanábio, Gláucia Rodrigues, Cassio Gabus Mendes, Guilherme Fontes, Giovanna Antonelli.
Produção: Claudia Bejarano, Daniel Filho, Júlio Uchoa
Roteiro: Marcos Bernstein
Fotografia: Nonato Estrela
Trilha Sonora: Egberto Gismonti
Duração: 125 min.
Ano: 2010
País: Brasil
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Distribuidora: Downtown Filmes/ Sony Pictures
Estúdio: Lereby Produções