Se há um filme pelo qual o talento da diretora Kathryn Bigelow merecia ser devidamente premiado, este está longe de ser o oscarizado e assistível “Guerra Ao Terror” de 2008; todas as honrarias deveriam ser endereçadas a um dos grandes clássicos do cinema de ação 90’s, e consequentemente dos tempos áureos da Sessão da Tarde: Caçadores de Emoção (Point Break, EUA, 1991).
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Ficção-Científica Além Do Convencional
Naves espaciais, carros voadores, telões em alta definição passando mensagens publicitárias, robôs, raio-laser, luzes neon, futuro distópico cyberpunk, corrida espacial e uma explosão de luzes psicodélicas são alguns dos ingredientes clássicos de grandes obras de ficção-científica.
Mas se há algo que chama bastante atenção em “O Homem Duplo” (EUA, 2006), além de sua técnica de filmagem, é o fato de trazer uma história que vai além dos elementos convencionais do gênero.
O lado off-road de Keanu Reeves
Keanu Reeves acaba de demonstrar mais uma vez seu talento artístico, e desta vez não foi nas telonas, e sim no mercado duas rodas ao lançar dois modelos de motos customizadas feitas em parceria com a Arch Motorcycles e assinadas pelo design Gard Hollinger.
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Um Drácula Diferente
Lembro-me bem de quando tinha 4 anos (era 1994) e ficava dando olhadas de rabo de saia em um filme que meus tios viam na sala de TV, onde um jovem Keanu Reeves ia de encontro ao Drácula num clima tenso, que me dava um certo medo, mas ao mesmo tempo atiçava minha curiosidade. Passados 16 anos, depois de muita enrolação (e na próxima oportunidade verei), graças a um grupo de estudo feito na minha faculdade no fim de semana passado, finalmente assisti esta grandiosa obra de Coppola.
Antes da exibição da película na apresentação da ficha técnica do filme e num resumo da sinopse, meu amigo e professor Moacir que comandava o grupo de estudo disse uma frase que foi e pra mim é a característica marcante do filme: “Depois de ver esse filme, vocês verão um Drácula sob um ponto de vista diferente!”
O que impressiona no filme, realmente é o fato de, além de ser fiel a fantástica obra de Bram Stoker, trazer um Drácula diferente das visões pré-concebidas que as pessoas tem deste ser: ao invés de um ser demoníaco, devorador de pescoços, vemos uma figura que tornou-se maligna, pois foram impostas situações da Igreja Católica tão extremas que o forçaram a se tornar um vampiro, que por amor a Elisabeta era capaz de fazer qualquer coisa. Nesse ponto temos de aplaudir Coppola, por mostrar e provar que um vampiro pode ser romântico, com classe e elegância e sem frescuragens (como anda sendo abordado numa saga por ai).
Além de contar com uma belíssima trilha sonora, fotografia, cenários grandiosos e figurinos bem feitos, o filme me marcou bastante por conter 4 cenas antológicas. A primieira delas já começa no início do filme, quando Vlad ao ver que os sacerdotes da igreja católica (os quais ele serviu nas cruzadas) não irão abençoar e permitir o enterro de sua amada Elisabeta em solo sagrado, renega a Cristo fincando sua espada no meio da cruz e diz que o sangue será sua fonte de vida eterna e bebe em um cálice o sangue que sai da cruz, sendo condenado à sede eterna (vampirismo). A segunda é quando Jonathan Harker,descobre que é prisioneiro do castelo do Conde Drácula e é tentado por suas vampiras, numa cena que traz elementos de erotismo e terror que fazem uma referência à um dos sete pecados capitais (luxúria). Em terceiro a cena em que Vlad tem de contar a Mina (reencarnação de Elisabeta) que é o Conde Drácula, fazendo que sua amada chore e peça para se tornar uma vampira; nessa cena há dois momentos marcantes: onde Vlad transforma as lágrimas de Mina em seis gotas de diamantes e quando ele se renega em colocar sua maldição na amada, mas acaba cedendo e oferece seu próprio sangue para sua saciação. Por fim temos a cena final onde ambos estão no castelo na Transilvânia onde Mina vive o dilema de ter de matar seu amado Vlad, para se libertar da maldição e ele também.
Portanto, por esses motivos pode-se declarar que o filme de Francis For Coppola é disparadamente, até hoje, o melhor filme de vampiro feito na história do cinema!
Se você ainda não viu essa belíssima obra cinematográfica e achou um exagero minha declaração, assita e entenderá; agora se voce já faz parte do grupo que já viu o filme, sabe muito bem do que estou falando!
FICHA TÉCNICA
Diretor: Francis Ford Coppola
Elenco: Gary Oldman, Winona Ryder, Anthony Hopkins, Keanu Reeves, Richard E. Grant, Cary Elwes, Sadie Frost, Tom Waits, Bill Campbell, Monica Bellucci.
Produção: Francis Ford Coppola, Fred Fuchs e Charles B. Mulvehill
Roteiro: James V. Hart, Bram Stoker
Fotografia: Michael Ballhaus
Trilha Sonora: Wojciech Kilar, Annie Lennox
Duração: 130 min.
Ano: 1992
País: EUA
Gênero: Terror
Cor: Colorido
Estúdio: Columbia Pictures