
Livro traz seleção de discos que vai do Heavy Metal ao Hip Hop.
Se tem uma coisa que não acredito, é em uma pessoa que diz que “escuta de tudo” é “eclética”, daquelas que se você perguntar: “Gosta de Metallica?” “A não gosto de rock pauleira” “E MPB?” “É som de velho”.Ou seja, o máximo que uma pessoa consegue ser e ter é um gosto musical abrangente, já escutar de TUDO, é praticamente impossível encontrar.
Como toda regra tem sua exceção, no fim de 2007 encontrei algo realmente muito eclético, porém em forma de livro. Ao assistir o excelente programa da Rede Minas, Auto Falante, fiquei muito curioso com a dica de livro, que trazia na capa Sid Vicious (guitarrista do Sex Pistols) em uma fotografia sensacional. Não deu outra, juntei meu suado dinheirinho e comprei meu exemplar de 1001 Discos Para Ouvir Antes De Morrer.
Uma das primeiras coisas que impressionam, é o fato do livro contar com praticamente 90 % das capas dos discos citados e fotografias bacanas dos principais artistas e bandas citadas. A seleção de discos foi bastante variada e contou com 90 críticos musicais dos mais variados países e de gostos. Já o prefácio é feito pro Michael Lyndon , editor e co-fundador da Rolling Stone EUA, em um relato de um verdadeiro apaixonado por música.
Como qualquer outra lista musical, que causa polêmica ao incluir alguns nomes que dividem opiniões, com o livro de Robert Dimery não poderia ser diferente. Há alguns nomes ali que não fazem sentido algum, artistas, que deixam nítido que fazem música meramente comercial e que não tem uma relevância pra história da música, um exemplo: Britney Spears. A lista de injustiças é enorme, ficaria aqui meses e até anos citando mega discos que ficaram de fora dessa.
Mas a de se admirar o fato do livro conter uma lista tão abrangente que começa de 1950 e vai até 2007, é separada por décadas, com discos comentados ano a ano e traz os mais variados estilos, artistas e bandas, com suas obras comentadas por diferentes críticos que em muitos dos casos trazem em seus textos críticas concisas, onde retratam o porquê da escolha daquele disco, a relevância dele para a história da música e quais são suas músicas de destaque.
Para os amantes da maravilhosa arte da música, e que assim como eu, gosta ainda de escutar um disco, para conferir a obra de um cantor (a) e banda num todo e não só por músicas isoladas,prática adotada por muitos fãs modinhas atualmente, 1001 Discos não só é essencial como deve ser um livro de cabeceira. Já os fãs de listas musicais, mesmo com as divergências que elas sempre vão trazer, aqui está um prato cheio!