Se no post de Chico Xavier dizia que o cinema nacional estava em evolução, com Nosso Lar, filme baseado na obra literária do médium, é encontrado um novo caminho que pode colocá-lo de vez no rumo de filmes com qualidade e que façam sucesso de bilheteria: Obras que abordem a temática espírita.
Na última sexta feira, dia 3 de agosto, quando estreou nos cinemas de todo o país, o filme de Wagner de Assis, carregava uma expectativa alta, já que o livro homônio já vendeu mais de 2 milhões de exemplares e a empresa canadense Intelligent Creatures responsável pelos efeitos especias e por boa parte gráfica da película é a mesma de Babel e Wachmen-O Filme.E este é o filme mais caro (até o momento) da história do cinema nacional, com um orçamento de 20 milhões de reais.
As expectativas são correspondidas, pois o filme visualmente e tecnicamente falando é muito bem feito e bonito.As imagens de quando o espírito de André Luiz desencarna no umbral (espécie de purgatório) e quando é resgatado e chega a cidade Nosso Lar são sensacionais.Outro ponto alto é a bela trilha sonora composta pelo norte-americano Phillip Glass.
O roteiro também consegue agradar em cheio o grande público, graças à sua forma direta e simples , que vai direto ao ponto.Destaca-se também as participações especiais de Othon Bastos, no papel do Governador, Paulo Goulart como o conselheiro e de Werener Shüneman como o espírito guia de Chico Xavier, Emanuel,que é o responsável pelo departamento de comunicações.As surpresas ficam por conta dos atores poucos conhecidos, com destaque para a atuação de Renato Prieto que faz o papel de André Luiz.
O filme só peca no final, quando começa a ficar um pouco extenso, mas em compensação a lição que André Luiz nos deixa quando cumpre sua missão, consegue fechar bem a película.
Se Nosso Lar vai quebrar recordes de bilheteria e alcançar (merecidamente) um grande sucesso, só o tempo poderá dizer.Mas esta ótima obra do cinema tupiniquim comprova que a sétima arte feita no Brasil está mais viva do que nunca!