Sabe aquele filme que reprisa zilhões de vezes na Sessão da Tarde, Corujão, foi um clássico absoluto de uma década, milhares e milhares de pessoas viram, mas menos você? Pois é, este era meu caso com o icônico filme de 1988 do astro belga Jean-Claude Van Damme: O Grande Dragão Branco.
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O incrível poder de evolução de Missão Impossível e Tom Cruise
O que mais chama atenção na franquia Missão Impossível é o seu incrível poder de evolução a cada título lançado, algo raro de se ver em Hollywood, ainda mais se levarmos em conta seu atual cenário.
Quem dera se todos os blockbusters fossem iguais a Kingsman
Se você é daqueles (as) que não vê um filme por seu apelo comercial, e só aprecia os que são de “arte pela arte”, sinto lhe informar que está perdendo a grande chance de conferir uma das maiores gratas surpresas dos últimos anos, e o primeiro grande pipocão de 2015: Kingsman- Serviço Secreto (EUA, Reino Unido, 2015).
Dedo na ferida
Muito mais do que o ganhador do “Oscar de Melhor Filme de 2015”, ou o filme em que a arte imita a vida de seu protagonista; Birdman (Ou a Inesperada Virtude da Ignorância) tem como grande feito o de ser um filme que coloca definitivamente Hollywood no divã.
Escolha a vida
Escolha a vida. Escolha um emprego. Escolha uma carreira. Escolha uma família. Escolha uma televisão enorme. Escolha máquinas de lavar, carros, CD players e abridores de latas elétricos. Escolha saúde, colesterol baixo e seguro dentário. Escolha uma hipoteca a juros fixos. Escolha sua primeira casa. Escolha seus amigos. Escolha roupas esportes e malas combinando. Escolha um terno entre uma variedade de tecidos. Escolha fazer concertos em casa e pensar na vida domingo de manhã. Escolha sentar-se no sofá vendo games shows chatos na TV comendo porcaria. Escolha apodrecer no final, numa casa miserável, tornando-se uma total vergonha para os filhos egoístas que pôs no mundo para substituí-lo. Escolha seu futuro. Escolha sua vida. Eu escolhi não escolher uma vida, eu escolhi outra coisa. E a razão? Não há razões. Quem precisa de motivos quando se tem heroína?
Com esse discurso rasgado e impactante, narrado em off por Ewan McGregor, que somos apresentados a um dos grandes clássicos cult dos anos 90, responsável por catapultar não só a carreira do ator, como também a do diretor Danny Boyle: Trainspotting.
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Um Drácula Diferente
Lembro-me bem de quando tinha 4 anos (era 1994) e ficava dando olhadas de rabo de saia em um filme que meus tios viam na sala de TV, onde um jovem Keanu Reeves ia de encontro ao Drácula num clima tenso, que me dava um certo medo, mas ao mesmo tempo atiçava minha curiosidade. Passados 16 anos, depois de muita enrolação (e na próxima oportunidade verei), graças a um grupo de estudo feito na minha faculdade no fim de semana passado, finalmente assisti esta grandiosa obra de Coppola.
Antes da exibição da película na apresentação da ficha técnica do filme e num resumo da sinopse, meu amigo e professor Moacir que comandava o grupo de estudo disse uma frase que foi e pra mim é a característica marcante do filme: “Depois de ver esse filme, vocês verão um Drácula sob um ponto de vista diferente!”
O que impressiona no filme, realmente é o fato de, além de ser fiel a fantástica obra de Bram Stoker, trazer um Drácula diferente das visões pré-concebidas que as pessoas tem deste ser: ao invés de um ser demoníaco, devorador de pescoços, vemos uma figura que tornou-se maligna, pois foram impostas situações da Igreja Católica tão extremas que o forçaram a se tornar um vampiro, que por amor a Elisabeta era capaz de fazer qualquer coisa. Nesse ponto temos de aplaudir Coppola, por mostrar e provar que um vampiro pode ser romântico, com classe e elegância e sem frescuragens (como anda sendo abordado numa saga por ai).
Além de contar com uma belíssima trilha sonora, fotografia, cenários grandiosos e figurinos bem feitos, o filme me marcou bastante por conter 4 cenas antológicas. A primieira delas já começa no início do filme, quando Vlad ao ver que os sacerdotes da igreja católica (os quais ele serviu nas cruzadas) não irão abençoar e permitir o enterro de sua amada Elisabeta em solo sagrado, renega a Cristo fincando sua espada no meio da cruz e diz que o sangue será sua fonte de vida eterna e bebe em um cálice o sangue que sai da cruz, sendo condenado à sede eterna (vampirismo). A segunda é quando Jonathan Harker,descobre que é prisioneiro do castelo do Conde Drácula e é tentado por suas vampiras, numa cena que traz elementos de erotismo e terror que fazem uma referência à um dos sete pecados capitais (luxúria). Em terceiro a cena em que Vlad tem de contar a Mina (reencarnação de Elisabeta) que é o Conde Drácula, fazendo que sua amada chore e peça para se tornar uma vampira; nessa cena há dois momentos marcantes: onde Vlad transforma as lágrimas de Mina em seis gotas de diamantes e quando ele se renega em colocar sua maldição na amada, mas acaba cedendo e oferece seu próprio sangue para sua saciação. Por fim temos a cena final onde ambos estão no castelo na Transilvânia onde Mina vive o dilema de ter de matar seu amado Vlad, para se libertar da maldição e ele também.
Portanto, por esses motivos pode-se declarar que o filme de Francis For Coppola é disparadamente, até hoje, o melhor filme de vampiro feito na história do cinema!
Se você ainda não viu essa belíssima obra cinematográfica e achou um exagero minha declaração, assita e entenderá; agora se voce já faz parte do grupo que já viu o filme, sabe muito bem do que estou falando!
FICHA TÉCNICA
Diretor: Francis Ford Coppola
Elenco: Gary Oldman, Winona Ryder, Anthony Hopkins, Keanu Reeves, Richard E. Grant, Cary Elwes, Sadie Frost, Tom Waits, Bill Campbell, Monica Bellucci.
Produção: Francis Ford Coppola, Fred Fuchs e Charles B. Mulvehill
Roteiro: James V. Hart, Bram Stoker
Fotografia: Michael Ballhaus
Trilha Sonora: Wojciech Kilar, Annie Lennox
Duração: 130 min.
Ano: 1992
País: EUA
Gênero: Terror
Cor: Colorido
Estúdio: Columbia Pictures