Escolha a vida. Escolha um emprego. Escolha uma carreira. Escolha uma família. Escolha uma televisão enorme. Escolha máquinas de lavar, carros, CD players e abridores de latas elétricos. Escolha saúde, colesterol baixo e seguro dentário. Escolha uma hipoteca a juros fixos. Escolha sua primeira casa. Escolha seus amigos. Escolha roupas esportes e malas combinando. Escolha um terno entre uma variedade de tecidos. Escolha fazer concertos em casa e pensar na vida domingo de manhã. Escolha sentar-se no sofá vendo games shows chatos na TV comendo porcaria. Escolha apodrecer no final, numa casa miserável, tornando-se uma total vergonha para os filhos egoístas que pôs no mundo para substituí-lo. Escolha seu futuro. Escolha sua vida. Eu escolhi não escolher uma vida, eu escolhi outra coisa. E a razão? Não há razões. Quem precisa de motivos quando se tem heroína?
Com esse discurso rasgado e impactante, narrado em off por Ewan McGregor, que somos apresentados a um dos grandes clássicos cult dos anos 90, responsável por catapultar não só a carreira do ator, como também a do diretor Danny Boyle: Trainspotting.
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