Brother Gunner

Logo na orelha do livro o leitor já é advertido do coquetel molotov que está prestes a explodir; nele ele irá descobrir como Steven Adler conheceu Slash aos 13 anos de idade, tentou entrar na Marinha, dos abusos sexuais que sofreu aos 14 anos, como salvou Nikki Sixx de uma overdose, transou com a irmã de Tommy Lee, participou de uma orgia regida por Steven Tyler e de outra por Nick Sixx, e de sua expulsão do Guns N’ Roses.

Os chamativos (e impactantes) tópicos acima, são apenas os canapés de entrada da jornada de conquistas épicas e tragédias gregas que permeiam a vida do primeiro baterista gunner, muito bem relatadas em sua autobiografia lançada no Brasil em 2015 pela editora Edições Ideal: Meu Apetite Por Destruição-Sexo, Drogas e Guns N’ Roses.

Continuar lendo

O Impressionante Exorcismo de Casagrande

casagrande-e-seus-demonios

Vila Leopoldina, zona oeste de São Paulo, setembro de 2007. Em um apartamento o DVD do The Doors está no talo, e o lendário Jim Morrison canta fortemente os impactantes versos: “This Is The End, my only friend, the end. Of our elaborate plans, the end. Of everything that stands, the end.” (Este é o fim, meu único amigo, o fim. De nossos planos elaborados, o fim. De tudo que está de pé, o fim.).

Continuar lendo

Emprego dos Sonhos

Empire Records

Se por acaso um gênio da lâmpada viesse ao meu encontro, e dissesse que poderia me dar um emprego do mundo mágico do cinema e da música, certamente ficaria divido entre três opções: ser o dono da loja de Rob Gordon em “Alta Fidelidade”, estar no lugar do jovem Willian Miller (alter ego do diretor Cameron Crowe) em “Quase Famosos”, ou ser um dos funcionários da Empire Records (EUA, 1995).

Continuar lendo

A Disneylândia do Headbanger

woodstock86original

Elvis Presley, Beatles, Rolling Stones, Cream, The Doors, Jimi Hendrix, Led Zeppelin, Janis Joplin, Steppenwolf, Cream; encontrar um lugar para comprar um disco destas grandes lendas para um fã tupiniquim apaixonado por rock, numa era bem distante da internet, era a mesma sensação que uma criança de 10 anos tem quando adentra na Disney.

Em 1978, esse sofrimento seria amenizado, com aquela que viria a se tornar a Disneylândia do Headbanger: Woodstock Discos. Inaugurada pelo apaixonado por rock n’ roll e colecionador dedicado Walcir Chalas, a loja começou a funcionar na Rua José Bonifácio, nº 176, loja 16, São Paulo capital.

Continuar lendo

Heróis Não Nascem São Criados

Animação da Dream Works traz divertidas referências à cultura pop e uma bela mensagem

A frase que dá título ao post de hoje foi retirada da ótima animação que acaba de estrear no Brasil: Megamente. A animação da Dream Works, dirigida por Tom McGrath, traz uma divertida e interessante história. Ao ter seu planeta natal destruído ainda bebê (numa referência clara ao Super-Homem) o personagem título do filme é enviado por seus pais à Terra, porém seu caminho é cruzado com o herói perfeitinho Metro Man, que interfere na sua trajetória mandando o pequeno ser azul para uma prisão, onde é criado por presidiários que o ensinam que policiais são caras maus e roubar bancos é legal. Sua inimizade com Metro Man só vai aumentando durante sua infância, na escola quando é menosprezado por seus colegas e derrotado por seu rival, muitas vezes por culpa própria por seus planos mal bolados. Nesta fase Megamente tem um “clique” e percebe que para se dar bem na vida tem de fazer o que sabe fazer de melhor: ser um vilão.

Depois de várias tentativas o que parecia impossível para o gênio do mal, acaba acontecendo: Metro Man é derrotado em seu feriado em Metro City na inauguração de seu museu. Após este feito tudo está às mil maravilhas para o vilão e seu amigo e fiel companheiro, o ótimo personagem Criado, roubando bancos, azucrinando a vida dos moradores, destroem o museu, porém sua vida parece não ter mais motivo, pois agora não há um herói para que possa travar uma batalha. Ai bate a depressão.

A única solução encontrada é usar sua inteligência para criar um novo herói. E assim usando o DNA da capa de Metro Man, ele cria uma forma de injetar em uma pessoa boa os poderes  que um dia foi do falecido herói. O plano no início aparentemente dá certo e é criado o Titan, novo super herói de Metro City que ganha treinamento do próprio Megamente, disfarçado de “pai espacial” uma imitação de Marlon Brando- o pai do Super-Homem em 1978. Porém o tiro sai pela culatra e Titan usa seus poderes contra a cidade e em benefício próprio, cabendo a Megamente o papel de salvar a cidade.

O filme traz divertidíssimas referências à cultura pop, além dos super-heróis dos quadrinhos há também os do cinema (Sir Myagi), sátiras políticas com o governo dos EUA, com a frase Yes We Can que no filme se torna No You Can´t.Outro ponto alto é a trilha sonora que está impecável, trazendo muito rock n´ roll com AC/DC , Elvis Presley , Ozzy Osbourne , Guns N´Roses e Michael Jackson com um mega clássico da música pop,que culmina num final sensacional do filme.

Uma ótima dica pra começar muito bem a maratona de filmes nessas férias.