Alguns dirão que ela já se foi tarde demais, que não fará falta alguma e que já estava morta e só faltava enterrar; já o outro lado que vê o triste fim e que viu os boatos de 2012 pra cá se concretizarem, sentem uma sensação de levar um soco no estômago: a MTV Brasil como conhecemos chegará ao seu fim, com a marca retornando para sua detentora Viacom e para a TV fechada.
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Fazendo justiça
No fim de março de 2010, em uma das reuniões com J.Júnior para planejar o que viria a ser este blog, uma das ideias que tinha em mente e estava presente nos meus rascunhos para possivelmente colocar em prática, era a de uma coluna chama “Fazendo justiça”, onde discos subestimados da música nacional e internacional seriam analisados; e o disco que abriria ela seria Paulo Ricardo & RPM, de 1993.
Sem lenço, sem documento
Dentre as várias indicações de filmes que recebo de amigos e conhecidos, um que sempre se destacou e com elogios unânimes, foi o drama Na Natureza Selvagem; toda vez que ouvia as indicações dele, as pessoas falavam com uma admiração imensa pela sua história, a mensagem que ele passa e como transformou sua maneira de ver o mundo.
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1986: O Ano Do BRock

Produzido pelo onipresente Liminha, disco redefiniu os rumos da carreira dos Paralamas Do Sucesso e do rock nacional.
Quem é fã de rock nacional sabe que o melhor e mais produtivo período do gênero foram os anos 80, mas para ser mais preciso o ano mais importante em termos de lançamentos históricos foi sem sombra de dúvidas o de 1986. Por mais que tenhamos obras maravilhosas feitas antes até mesmo da década de 80, como o genial Raul Seixas, Secos & Molhados, Mutantes e nos anos 90 com Skank, Chico Science & Nação Zumbi, Raimundos, etc não é exagero declarar 86 como O ANO DO BRock pois basta olhar para lista de discos, que dá para se perceber que ela fala por si só e confirma a afirmação: Dois o segundo e histórico disco do Legião Urbana e já retratado aqui no blog, o eterno clássico dos Titãs Cabeça Dinossauro, o protesto de Lobão com O Rock Errou, o disco de estréia dos Engenheiros Do Hawaii Longe Demais Das Capitais, o homônimo e de estréia do Capital Inicial e o fenomenal Rádio Pirata ao vivo do RPM.
Realidade Em Preto E Branco

Com seu estilo único, Sebastião Salgado consegue fazer importantes críticas sociais através de suas belas fotografias.
Além do nome deste blog, devo também ao meu amigo e fotógrafo Francisco Jr (Chico) o fato de ter conhecido e descoberto, a grandiosa obra e a genialidade de um dos maiores fotógrafos do mundo, e que para nosso orgulho é brasileiro: Sebastião Salgado.
Mantendo O Nível
Final de 2007, bordões como: “O senhor é um fanfarrão!” “Pede Pra Sair!” tornam-se comuns no vocabulário nacional.Mais do que um filme de sucesso sobre os “cavera”, Tropa De Elite, dirigido por José Padilha, tornou-se um importante ícone da cultura pop e da história do cinema brasileiro.
Quando saiu a notícia da continuação, logo me veio uma frase dita muitas vezes no primeiro filme pelo Capitão Nascimento (interpretado por Wagner Moura): “Vai dar merda!”. O primeiro era perfeito e tudo levava a crer que uma possível continuação era desnecessária e poderia até mesmo tirar o brilho da obra de Padilha. Mas para a grata surpresa deste blogueiro que vos escreve, tomei um baita soco na cara (o qual tomei com muito gosto) ao assistir Tropa De Elite 2.
O filme se passa nos dias de hoje, onde Nascimento vira coronel do Bope e Matias (André Ramiro) ocupa o posto de capitão. O início mostra a intervenção do batalhão numa rebelião no Bangu 1 (no ano de 2006), onde ao resgatar um defensor dos direitos humanos, Diogo Ferraz (Irandhir Santos), que fracassa na negociação com os bandidos o capitão do Bope aproveita o descuido do líder da rebelião e o mata na primeira oportunidade que tem.Ai começa as crítica afiadas à sociedade, que Padilha mais uma vez conseguiu fazer de forma magistral.
Se no primeiro filme a dor de cabeça dos caveiras era o tráfico de drogas nos morros cariocas, agora o inimigo como diz o título do filme é outro e bem pior: as milícias formadas pela PM do Rio de Janeiro, onde há uma rede de corrupção violenta envolvendo polícia e política, aliadas e andando lado a lado.
Desta vez também sobrou um espaço para um lado cômico, mas crítico ao mesmo tempo, onde o apresentador do programa Mira Geral (no melhor estilo Datena,Marcelo Resnde) Fortunato (André Mattos) critica a violência urbana mas à enaltece e da audiência através de seu envolvimento com a política e conseqüentemente com a formação das milícias.
Muitos são os pontos altos do filme, dentre eles estão às atuações de todos os atores principais o qual se tem a grata surpresa na ponta de Seu Jorge, a jornalista corajosa vivida por Tainá Müller, e o deputado Diogo Ferraz. A maquiagem feita no personagem do coronel Nascimento está perfeita, refletindo bem os efeitos da idade e de tantos desgastes físicos e emocionais, causados pela sua incessante batalha contra a corrupção e violência. E por fim a perfeita cena em que Matias diz que seu ex mestre se tornou uma parte da engrenagem da corrupta máquina do Estado e a imagem do personagem de Wagner Moura é refletida num espelho sujo.
O único ponto baixo do filme é a inversão de cenas no final, onde a última deveria ser a penúltima, se feito isso a película iria fechar com total perfeição; e o erro quanto à idade de Rafael, que era para ter 13 e é citado com 16.
Tropa De Elite 2 pode até não ser melhor que seu antecessor, fica um pouco abaixo dele, mas continua sendo uma importante arma à favor da sociedade brasileira, na reflexão e revisão de nossos conceitos, é uma grande obra cinematográfica brasileira e deveria ser um filme visto por TODOS os cidadãos de nosso país!
O Talento De Adnet
Se tem uma coisa que concordo plenamente,com Zeca Camargo no encontro que tive come ele em maio, é o fato do VJ e humorista Marcelo Adnet ser o maior nome hoje da MTV Brasil.
Lembro-me da primeira aparição de Adnet na MTV, em 2007, no Rock Gol onde além de futebol (onde falou do Botafogo, seu time) comentou sobre o filme Pode Crer e fez imitações clásicas de Silvio Santos e Cid Moreira.
No ano seguinte, ele ganhou um programa na emissora musical, o 15 Minutos onde ele interpretava a si mesmo, junto com o colega Quiabo, que infelizmente deixou o programa esse ano por motivos de divergência, onde comenta os mais variados assuntos do cotidiano.O grande trunfo do programa é pegar o talento para imitações de Marcelo Adnet, para colocar celebridades em situações inusitadas como Silvio Santos cantando Sweet Child o’ Mine,Cid Moreira cantando uma mulher na balada,José Wilker cantando Billie Jean e até uma improvável discussão entre Clodovil e Caetano Veloso.
Devido ao grande sucesso do programa, em 2009, o humorista ganhou mais um programa: Furfles MTV.Junto com outros comediantes(Fábio Rabin,Dani Calabresa,Mister Lúdico, Guilherme Santana) o programa retratava com muita ironia alguns temas como faculdade,cinema,futebol e tv.
Já no ano que Music TeleVision faz 20 anos de fundação, o canal resolveu investir na fórmula que tem rendido bons índices de audiência, que são os programas de humor, e lançou o Comédia MTV onde reúne os principais humoristas da casa.E foi justamente nesse programa que Marcelo Adnet atingiu o pico de sua criatividade e genialidade artística, e fincou de vez seu nome na história da MTV Brasil, com dois momentos incríveis que gostaria de compartilhar com vocês.
O primeiro é uma sátira ao Pankadão Carioca (que muitos insistem de maneira errada de chamar de Funk) e ao Grupo Gaiola Das Popozudas, onde Adnet e seus colegas fazem as Gaiolas Das Cabeçudas cuja música faz referência à grandes nomes da história e das artes:
Já o segundo é uma crítica aos falsos profetas e pastores charlatões (que estamos acostumados de ver ao monte na Record, por que será?) onde se prega na Igreja Nossa Senhora Do Off Line, um desapego das coisas materiais proporcionadas pelas novas tecnologias (outra crítica fantástica de Adnet) e que está “manipulando” as pessoas, deixando elas menos humanas e mais robôs:
Simplicidade aliada a genialidade
Era julho de 2007 e eu estava passando férias em Uberlândia, quando meu primo Eric disse: “Lucas, tô com um filme que tem uma história bacana pra gente ver, chama “12 Homens e uma sentença”, ele se passa somente em um cenário, é de um júri que tem de decidir se um menino é culpado ou não de matar seu pai e o filme é de 57!” Mal este mero escriba sabia que veria um dos melhores filmes de todos os tempos! Continuar lendo