Recentemente meu grande amigo e mestre Moacir propôs um interessante exercício de reflexão no Facebook, em analogia a clássica cena do monumental Blade Runner-O Caçador de Andróides: “Se você pudesse preservar uma última memória que se perderia como lágrimas na chuva, qual seria?”
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O Grande Clássico Imortal De Van Damme
Sabe aquele filme que reprisa zilhões de vezes na Sessão da Tarde, Corujão, foi um clássico absoluto de uma década, milhares e milhares de pessoas viram, mas menos você? Pois é, este era meu caso com o icônico filme de 1988 do astro belga Jean-Claude Van Damme: O Grande Dragão Branco.
Olê, Olê, Maiden, Maiden.
Após tanta espera, finalmente chegava o momento que este que vos escreve, e milhares que estavam presentes na cidade do rock, e os milhões que viam pela TV, conferir o espetáculo, aula, marco e experiência de outro mundo sendo feitos ao vivo e a cores: Iron Maiden!
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Vivendo o sonho novamente
“Temos planos novos para o U2. Não é nada de mais, mas a gente vai dar um tempo, para poder sonhar com tudo isso de novo.” Bono Vox, 1989. O final da década de 80 não terminou da maneira como deveria para o grupo irlandês; após o lançamento do documentário, e disco, Rattle and Hum em 88, que registrou a bem sucedida turnê norte-americana de The Joshua Tree e as excelentes parcerias com B.B King e Bob Dylan, a crítica não foi nada generosa e desceu a lenha, dizendo que aquilo era uma atitude megalomaníaca de um grande grupo de rock que estava perdido devido ao grande sucesso conquistado.
Várias variáveis de um sucesso
A data é 11 de janeiro de 1985, Humberto Gessinger (então guitarrista), mais Carlos Maltz (bateria) e Marcelo Pitz (baixo), fazem o primeiro show do Engenheiros do Hawaii que, numa coincidência do destino, ocorre no mesmo dia da abertura do primeiro Rock in Rio, na faculdade de arquitetura de Porto Alegre.
Who’s Bad?!

No dia 31 de agosto de 1987, Bad chegava às lojas. O álbum foi um marco na música pop e na carreira de Michael Jackson, tendo vendido só naquele ano mais de 25 milhões de cópias.
Há exatos 25 anos, finalmente uma longa fila de espera de cinco anos chegava ao fim; após inúmeros atrasos no lançamento, o tão aguardo sucessor de Thriller e mais novo álbum de Michael Jackson chegava às lojas e via a luz do dia pela primeira vez: Bad !
Noite Ensolarada

Em uma noite fria em Uberlândia, Os Paralamas Do Sucesso proporcionaram um mega show memorável e ensolarado. Foto de Guilherme Lourenço.
Parecia que algo daria errado naquela noite fria de 30 de junho de 2012 em Uberlândia, onde uma das maiores lendas vivas do Brock iria fazer sua primeira performance, após 17 anos: Os Paralamas Do Sucesso.
O Lado B De Uma Revolução
Minha educação no rock nacional foi tardia, mais precisamente em janeiro de 2006(quando ainda tinha 15 anos), antes disso só sabia por alto algumas musicas dos Titãs, graças ao fantástico Acústico MTV, um ou outro hit do Ultraje a Rigor, da importância do RPM e da Legião Urbana para o genêro e que a mulherada curtia o Kid Abelha,só isso.
Ainda bem que graças ao meu primo,irmão,guru musical e companheiro de aventuras musicais, Jean Jones, meus conhecimentos e descobertas do B Rock foram expandidas.E como eram maravilhosas, as dicas e descobertas que fazia com auxilio do grande mestre Jean.
Dentre as bandas que ele foi me indicando e contando a história, a que mais me chamou atenção foi do RPM, o entusiasmo em que ele falava deles, a empolgação em falar das inteligentes letras, do Globo Repórter, e as histórias que ele me contava do disco Rádio Pirata ao vivo eram sensacionais!Resolvi intão dar a devida atenção à banda.
Quando ouvi pela primeira vez Rádio Pirata ao vivo,logo no início do disco com aquela introdução de teclado do mestre Luiz Schiavon,simplesmente fui transportado pra outro planeta!E que música sensacional é Revoluções Por Minuto,letra inteligente(uma verdadeira aula de história), uma pegada sensacional e com um feeling fora de série!E o disco é uma sucessão de clássicos: Alvorada Voraz, A Cruz E A Espada,Naja,Olhar 43,Estação No Inferno,London London(cover que foi um sucesso inesperado e que deu origem ao disco),Flores Astrais(cover do maravilhoso grupo Secos & Molhados) e a clássica Rádio Pirata,um verdadeiro hino do rock nacional!E que naquela versão tinha uma performance incrível do vocalista e baixista Paulo Ricardo.Nem preciso dizer que depois da audição virei fã de carteirinha do grupo.
O disco sucessor, Quatro Coiotes(produzido pro Maluly),lançado em 1988,fiquei muito curioso para ouvi-lo, meu primo tinha falado que na época ele teve uma decepção com o disco,pois como o anterior tinha sido arrasador e o seguinte marcava o “retorno” do RPM, ele(como muitos brasileiros achavam) pensava que aquele seria uma continuação do anterior, no que diz respeito a sonoridade.
Mas ai é que está o mérito do álbum, o de ser uma verdadeira “REVOLUÇÃO” no som da banda,trazendo um RPM mais maduro e cabeça,provando que eles eram bem mais que um Ohar 43.Quando ouvi pela primeira vez a faixa que os fãs batizaram o disco,senti semelhante emoção quando ouvi Revoluções Por Minuto!Meu deus!Que música fenomenal!
Logo na sequência,uma canção com uma guitarra funk muito boa, A Dália Negra e ai que vemos a importância e o papel da guitarra de Fernando Deluqui, que faz um solo simples mas gostoso de ouvir no violão na canção seguinte(que chegou a ser executada no Globo de Ouro) Um Caso De Amor Assim.A quarta canção do disco começa com uma introdução sensacional mas peca na letra, o que fez com que não gosta-se tanto dela: Ponto de Fuga.Na sequência, uma canção belíssima,que ganhou videoclipe dirigido por Denis Carvalho(que dirigiu os shows da turnê do disco também) e foi exibido no Fantástico em 88, Partners, que contou com a participação de Sideah Garret, que trabalhou no disco Bad do megastar Michael Jackson; é uma canção com uma bela letra,um blues de primeira e contém um solo muito bacana de Deluqui.
Outra inovação e destaque do disco é a mistura do rock com o samba: O Teu Futuro Espelha Essa Grandeza, que conta com uma participação muito especail de Bezerra Da Silva.
Os demais destaques do disco, ficam por conta de A Estratégia Do Caos (uma ótima canção pra ouvir em um fim de tarde) e a canção, que posteriormente foi incluida no MTV Ao Vivo de 2002, Sete Mares.
Já as canções que não gosto são Quarto Poder(que eu acho uma tentativa de ser uma Naja 2) e Show It To Me,por mais que essa tenha uma história interessante com Paulo Pagni o P.A .
O disco teve uma vendagem inicial considerável, 320 mil cópias. Porém aquilo era pouco para os Quatro Coiotes, mas a mídia e a própria banda não foram generosos para o sucesso desse trabalho.Muitas FM´s Brasil afora fizeram uma espécie de boicote ao disco e ao RPM,pois estavam de um certo modo de “saco cheio” do quarteto.Outro fator prejudicial, foi o fato de Paulo Ricardo não aceitar a inclusão de Partners na trilha da novela de mega-sucesso de 89 : Vale Tudo(mais detalhes dessa historia pode ser conferida na biografia da banda, RPM: Revelações Por Minuto).
Mas histórias à parte, Quatro Coiotes é um disco que engrandece e enaltece a qualidade do rock nacional,principalmente da geração anos 80, e do RPM. Se voce é fã do B Rock e do RPM, este é um album que tem de ser ouvido e é essencial na sua coleção de discos!