Por mais que os três primeiros filmes de X-Men fossem legais na intenção de dar vida a uma das mais consagradas sagas das HQ’s e dos desenhos de TV, haviam inúmeros problemas neles, como: personagens mal aproveitados, diálogos dispensáveis, e o fator de serem “Wolverine & resto” demais.
Nada melhor do que a incrível história de X-Men- Dias De Um Futuro Esquecido para corrigir as escorregadas do passado e para unir a nova geração que deu uma sobrevida à franquia no cinema, juntamente com a antiga.
E o grande trunfo de Bryan Singer para conseguir uma grande obra a altura dos mutantes foi justamente estes dois elementos: história e elenco.
O enredo, que também serviu de inspiração para o clássico Exterminador Do Futuro 2 de James Cameron, traz um futuro apocalíptico em 2023, onde a população foi praticamente dizimada e um pequeno grupo de resistência dos X-Men tenta combater os causadores de tamanha desgraça: os Sentinelas; robôs criados para exterminarem os mutantes, mas, cuja matança saiu do controle.
Para tentar impedir que tal acontecimento ocorra, Professor Xavier e Magneto têm a ideia de enviar Wolverine através de sua consciência para 1973 – já que é o único que aguentaria o esforço físico da empreitada – com a missão de convencer os jovens Charles e Erick a se unirem e impedirem Mística de executar o plano que causará todo o caos.
A fotografia aqui é uma grande aliada para criar a ambientação perfeita do futuro distópico, com cores cinza e ambiente esfumaçado, e cores mais vivas e recurso do Super 8 para recriar os anos 70. Tudo isso, embalado com uma bem selecionada trilha sonora.
Se em X-Men 2 a invasão de Noturno na Casa Branca era de cair o queixo, aqui a cena do resgate de Magneto no Pentágono protagonizado pelo Mercúrio, é mais impressionante ainda e é, sem dúvidas, o ponto alto do filme e de toda a franquia.
Mas como já citado no post, é no elenco que a obra tem o seu ponto forte, com uma união perfeita da nova e velha geração, onde a interação entre os atores flui de maneira bem natural, não deixando o ritmo cair. E o melhor de tudo: cada mutante tem seu valor e função na história, não ficando aquela coisa de uns aparecendo mais e outros menos.
Na cena pós-crédito (não saia do cinema antes!), um aperitivo do que está por vir só faz aumentar a vontade de que o relógio acelere o máximo para 2016, e que venha logo a sequência!
Este pode ser considerado não só “O FILME DOS X-MEN”, mas também até o momento “O MELHOR FILME DA MARVEL JÁ FEITO”, que será merecidamente lembrado para a posteridade como o responsável a apontar novos e promissores caminhos a uma das histórias mais legais do universo.
Ficha Técnica
Gênero: Ação
Direção: Bryan Singer
Roteiro: Matthew Vaughn, Simon Kinberg
Elenco: Adan Canto, Alexander Felici, Andreas Apergis, Anna Paquin, Bingbing Fan, Booboo Stewart, Daniel Cudmore, Ellen Page, Evan Jonigkeit, Evan Peters, Gregg Lowe, Halle Berry, Hugh Jackman, Ian McKellen, Jaa Smith-Johnson, James McAvoy, Jan Gerste, Jennifer Lawrence, Josh Helman, Lee Villeneuve, Lucas Till, Mark Camacho, Massimo Cannistraro, Michael Fassbender, Nicholas Hoult, Omar Sy, Patrick Stewart, Peter Dinklage, Robert Montcalm, Shawn Ashmore
Produção: Bryan Singer, Lauren Shuler-Donner, Richard Donner, Simon Kinberg
Fotografia: Newton Thomas Sigel
Montador: John Ottman
Trilha Sonora: John Ottman
Duração: 132 min.
Ano: 2014
País: Estados Unidos
Cor: Colorido