Já é mais do que evidente para quem frequenta o blog, ou até mesmo dá só uma “olhadinha”, que eu sou um mega fã daquele que é o maior fenômeno do Brock: RPM. E não preciso nem dizer o meu êxtase ao saber que os quatro coiotes viriam a minha cidade (Patrocínio-MG) para fazer um show no dia 14/6.
Mas a empolgação logo deu lugar a frustração, quando vi como seria o esquema do show: somente mesas, com show de humor do Nerso da Capitinga de abertura e um preço beeeemm salgado do ingresso, que não condizia com minhas condiçõe$$.
Ainda que não fosse ao show, meu lado tiete falou mais alto e parti na busca de conhecer a banda pessoalmente e, quem sabe, conseguir autógrafos nos discos e trocar umas ideias. É chegado o tão aguardado dia, e minha jornada já começa no início da tarde, quando faço uma busca pelos hotéis e, em nenhum, nada de RPM! Ligo então para o organizador do show, que me dá não só nome do hotel onde se hospedariam como a informação de que chegariam de Uberlândia às 17h; com a ansiedade a mil, pego meus discos e parto pro hotel que fica no outro extremo da cidade às 16h20min.
Chegando lá, tudo tranquilo, nada de aglomeração de fãs, somente alguns membros da equipe técnica e mais alguns funcionários no hall. Quando o relógio marca 17h e 30 min, chegam os primeiros coiotes: Fernando Deluqui e Luiz Schiavon.
Pergunto para Deluqui se autografaria os discos, e de forma bem educada responde positivamente e fica admirado com o fato de ter levado os “bolachões” do Quatro Coiotes (88) e Paulo Ricardo & RPM (93); na sequência Schiavon chega e também atende ao pedido. Pergunto ao tecladista como havia sido o show em Borba-AM, e ele me responde falando que havia sido muito bom, com cerca de 15 a 20 mil pessoas, participando ativamente do show, aproveito também para falar do novo DVD do grupo, e ele me diz que já está no processo de edição de áudio e que dentro de um mês e meio será lançado; e sobre o disco novo diz que irá ficar pra 2014.
No meio do papo e no momento de pegar os “rabiscos” nos discos, quando Schiavon passa a mão no de 93 o afasta e brinca: “Opa, esse aqui eu to fora, não tenho nada a ver com isso, não tenho culpa disso não” e ri. Deluqui logo defende a obra, dizendo que é um disco legal com músicas legais, inclusive dizendo que “O Fim” é um clássico, e nisso dizemos quase ao mesmo tempo: “Faltou só o Schiavon!” e o guitarrista diz que se o tecladista estivesse no disco, teria tudo pra ser o melhor disco da carreira deles.
Luiz vai para seu quarto, enquanto Fernando fica mais um pouco no hall pra acessar internet, aproveito pra trocar mais umas ideias; pergunto para ele como foi trabalhar com o produtor Liminha, no disco solo de Paulo Ricardo “Psicotrópico” de 91, e ele me responde que foi legal, que rolou uma boa empatia entre ambos, pergunto então se o mesmo poderia trabalhar com RPM e Deluqui diz que não, e o velho conhecido Maluly? Também não. O guitarrista diz que estão pensando em outros nomes para a produção do novo trabalho
Agora só faltava os autógrafos de P.A e Paulo Ricardo, e Deluqui já tinha me falado para esperar o último, que iria fazer uma “dedicatória bacana” nos discos. E dá-lhe chá de cadeira! O relógio marca seis, seis e meia, sete horas e nada dos outros chegarem.
Lá pelas 19h 30min um carro chega na portaria do hotel e P.A sai dele, mas, alguém de dentro dele o chama de volta e o carro sai dali até sumir de vista da avenida. Ir embora depois dessa? Que nada, já tinha chegado até ali esperar mais uns “minutinhos” não era nada.
Quando o ponteiro marca 20h, finalmente, P.A chega no hotel, aceita me dar os autógrafos e, num ato de extrema simpatia, me dá um abraço e fica encantado com o fato de eu ter o Quatro Coiotes em vinil: “Pô cara, você tem o Quatro Coiotes em vinil! Esse disco é muito bom!” digo que esse é um disco essencial na coleção de qualquer fã, afirmação que o baterista concorda. Aproveito para tirar uma dúvida: a composição de Ninfa, presente no disco de 93, foi feita naquela época ou foi uma sobra do disco de 88? P.A me diz que era mais ou menos daquele ano de 93, e que ele não estava na banda naquele momento porque estava envolvido com seu projeto de heavy metal, a banda Neanderthal, e me diz que ela chegou a fazer sucesso na cena de São Paulo, mas, que o público no geral não entendeu o “espírito da coisa” e chegaram a pensar até que era uma banda da gringa, e que não vingou.
Enquanto converso com o batera, chega Paulo Ricardo, e ao deparar com minhas relíquias, fala: “Você tem essa raridade (pegando o vinil de 93)!” e emenda: “Me fala seu nome que eu quero escrever certo!” apresentações feitas, comentamos sobre o disco e o cantor brinca com P.A: “ O P.A só não está aqui porque não quis, preferiu se envolver com o projeto de heavy metal dele.” P.A me conta um fato curioso, de que naquela época chegou a tocar com o tecladista Franco Júnior.
Pergunto novamente para os dois sobre o novo DVD, que foi gravado em Santa Bárbara-MG, e P.R me diz: “Minas é uma praça onde não podemos deixar de vir para fazer shows, o público daqui é impressionante.” E o cantor me conta que o projeto quase não saiu, porque fazer um DVD bacana custa caro e o show dessa turnê é caro de se fazer, mas que uma produtora se associou a banda, o que possibilitou o lançamento.
Digo que esse lançamento será ótimo para manter a “chama da revolução” acessa, e o baixista logo emenda: “Pois é, a gente quer mostrar com esse DVD que o Brasil tem uma outra face, onde existe não só o sertanejo universitário, que eu até acho que tem força, mas que falta aquele combustível pra perdurar, e isso nós temos, e espero que nós possamos gastar esse combustível por anos!”
Quando P.A vai para seu quarto, Paulo bate a mão no meu ombro e pergunta: “E o show?” digo que não consegui os ingressos, então ele vira para o produtor e manda: “Sérgio um convite pro Lucas, ele é meu convidado, e mais um!” Caraca, convidado do Paulo Ricardo! Agradeço efusivamente, e digo da importância do RPM na minha formação musical nacional, Paulo agradece dizendo que naquela noite eu iria ouvir os clássicos do disco de 86 ao vivo!
Nisso o produtor Sérgio pede para que eu espere mais um pouco, que ele iria no local do evento e que na volta traria os ingressos. Quando Sérgio volta para o hotel diz que há um problema, pois o show era “fechado”; explico que na verdade o esquema seria de mesa, mas Sérgio me diz que daria um jeito. Após uma conversa com Renato (o outro produtor), ele liga na recepção e pede para me dizer para ir no lugar do show e para ir no portão de onde banda entraria, para eles me passarem.
Infelizmente num desencontro de horários, no show que estava marcado para começar às 23h, e que por ter Nerso da Capitinga de abertura eu achava que iria demorar um pouco, chego lá com meu amigo às 22h45min, e pro meu azar a banda havia chegado dez minutos antes! Peço para um (dos três) segurança para falar com o produtor pra liberar minha entrada, mas, com aquela “solidariedade” e “educação” bem peculiares desses leões de chácara, ouço um sonoro: “Eu não posso sair daqui, e não tem como ninguém sair daqui.” E o show, terá de ficar para uma próxima…
Para quem chegou até aqui, o meu muito obrigado por me acompanhar nessa jornada rock n’roll, e pode ficar despreocupado que não irei transformar isso num muro das lamentações, muito pelo contrário! Quero deixar aqui publicamente o meu muito obrigado a Luiz Schiavon, Fernando Deluqui, Paulo “P.A” Pagni e a Paulo Ricardo, pela forma educada, simpática e solicita como me trataram, provando que tratam um fã com muito respeito e de uma forma humanizada. Agradeço também ao Sérgio pelo esforço em me colocar no show junto dos RPM’s.
E por fim, fica a sensação de alegria do encontro e da comprovação da união e força dos coiotes, que com certeza, ainda irão brindar os amantes do bom e velho Brock, com discos, grandes shows, músicas e momentos de brilho. REVOLUÇÃO SEMPRE!!!!!
Muito bom seu texto, adorei, pena não ter conseguido entrar no show, li na maior apreensão para ver no que ia dar. rsrsrss….Mas já valeu né, Abraço Lucas e continuemos nessa batalha em nome do Rock n roll.
Lucas da proxima vez me chama que eu garanto que faço vc chegar uma hora antes d banda chegar hahahaha o RPM é unico parabens
Poxa cara, que legal. Tenho todos os LP’s e CD’s e sonho um dia ter eles autografados como o seu. Mas você bobeou bonito não chegando beeeem antes para entrar no show. Eu não me perdoaria por isso. Que mancada!!!!
eu tenho uma guitarra deles autografada que ganhei na rádio transamerica
Caraca Ane!
Você tem um verdadeiro tesouro dos 4 Coiotes!
Parabéns por ter ganho a guitarra na promoção!