A humanidade superando a tecnologia

Energia Pura

Como o mundo seria quando o homem pudesse usar 100% do seu intelecto? E se as pessoas pudessem se enxergar por dentro e terem uma visão além do que os olhos podem ver? Se pudéssemos nos lembrar de página por página de todos os livros que já lemos? Até que ponto estamos sucumbidos pela tecnologia?

Todas essas divagações, e outras mais, pipocaram na minha cabeça numa velocidade maior que a da luz ao acabar de assistir um dos filmes mais singelos, porém, de uma magnitude tão complexa, que nos faz repensar a forma como levamos a vida: Energia Pura.

Escrito e dirigido por Victor Salva, o drama lançado em 1995 nos apresenta um ser bastante peculiar: Jeremy Reed, ou Powder, jovem que nasceu com características bem atípicas das demais pessoas; após sua mãe morrer no parto e de ser abandonado por seu pai, que considerava aquele bebê uma aberração, logo no início percebe-se que aquele pequeno ser era único e especial.

Após o ocorrido os anos se passam e na pequena fazendo dos Reed, enquanto o xerife Barnum investiga a morte do antigo proprietário, se depara com o agora jovem Powder, que viveu até ali toda sua vida num porão, onde o único contato que tinha com o mundo era através dos livros e da insólita convivência com os avós.

Energia Pura cena

Com a ajuda de uma assistente social, o jovem vai para um reformatório, onde é hostilizado por sua aparência e seu jeito de ser; mas a vida de todos ali e da pequena cidade onde Jeremy vive, irá ter uma grande transformação ao verem seus incríveis poderes e sua inteligência acima de qualquer definição e patamar.

O que poderia ser mais um drama bobinho, pra encher linguiça numa Sessão da Tarde da vida, na verdade é um dos filmes mais bonitos e bem feitos de que já se tem notícia. A fotografia é belíssima, a trilha comovente, o elenco está numa perfeita sintonia e o roteiro é muito criativo.

Mas muito além do que os quesitos técnicos que fazem de um filme uma grande obra, Energia Pura é um filme que transcende e nos faz repensar a forma como vivemos, de como encarar aquilo que é esquisito e que não agrada os nossos padrões de “qualidade”, e de como nós somos apenas míseros humanos, que ainda caminham a passos de formiga na estrada da evolução.

Combustível perfeito para ainda acreditar e torcer, para que um dia possamos presenciar o momento, em que o gênio Albert Einstein já definia como o ápice da nossa sabedoria e progresso: “O dia em que a humanidade irá superar a tecnologia.”

FICHA TÉCNICA

Diretor: Victor Salva

Elenco: Mary Steenburgen, Sean Patrick Flanery, Lance Henriksen, Jeff Goldblum, Susan Tyrrell, Missy Crider.

Duração: 112 min.

Ano: 1995

País: EUA

Gênero: Drama

Cor: Colorido

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