
Telefilme de 97 retrata a trajetória de glória e destruição de uma das maiores top models da história.
Há mulheres que nos fazem perder a cabeça, ficar encantados apenas com um simples sorriso, um gesto que nos tira, literalmente, o fôlego, que nos ganha com um simples olhar e que, com sua presença, nos faz esquecer por um momento todos os nossos problemas e despertam nossos instintos mais sacanas. Dentro deste universo temos os mais variados tipos: bonitas, lindas, musas, deusas e a que reúne tudo isso e muito mais e agrega um novo padrão de beleza que somente ela pode alcançar: Angelina Jolie!
E não, no post de hoje não farei uma declaração de amor tola e juvenil a maior musa que o cinema e o mundo já viram, mas todos estes atributos perfeitos de Jolie aliados ao seu grande talento como atriz, serviram para que fosse feita uma das melhores cinebiografias: Gia- Fama e Destruição (EUA, 1997).
Feito pela HBO, o telefilme retrata a vida de Gia Carangi (29 de janeiro de 1960,18 de novembro de 1986), uma das maiores top models da história e ícone da beleza nos anos 80. Tudo começa na Filadélfia de 1960, quando a pequena Gia, interpretada pela então pequena Mila Kunis, está em frente ao espelho com sua mãe Kathleen Carangi admirando sua beleza, mas o momento conto de fadas logo desmorona quando sua mãe tem uma briga com seu pai, que culmina na separação do casal.
A partir daí, há um salto na história indo para o início dos anos 80, e a menina já está uma bela mulher, porém levando uma vida ordinária como atendente da lanchonete do pai; mas em uma noite quando sai com seu amigo e ficante T.J, se depara com um casal que ao a levarem ao seu apartamento para uma “sessão de fotos”, logo começa o nascimento de uma top model, que tem sua vida virada pelo avesso quando vai para Nova Iorque.
Com uma narrativa bastante diferenciada, em forma de depoimentos numa espécie de documentário “Por Toda Minha Vida” com cenas relatando a trajetória de Gia, o telefilme logo se destaca dentre os demais do gênero, o que faz com que ele não caia em clichês de dramas baratos, conquistado a atenção total do espectador. A fotografia é espetacular, com um P&B em contraste com o colorido, fazendo um jogo entre o glamour do mundo da moda e as ruínas do mundo real. Na trilha, dois grandes clássicos do rock e do pop: “Dancing With Myself” de Billy Idol e “Let´s Dance” de David Bowie.
Mas, o principal destaque de toda a obra vai para Jolie, que tem uma atuação impecável, sem medo e com muito brilhantismo nas cenas ousadas de sexo, de extrema dramaticidade nas de consumo de droga que culminaram na sua decadência e na sua representação como portadora do vírus da AIDS que culminou na morte da modelo; aqui ela está em seu melhor trabalho de toda carreira. Destaque também para Elizabeth Mitchell no papel de Linda.
De negativo, apenas o fato de algumas transições de cenas serem feitas com um uso excessivo de fade outs e fade ins com um clarão branco, que quebram um pouco o clima e o ritmo do filme.
FICHA TÉCNICA
Diretor: Michael Cristofer
Elenco: Angelina Jolie, Elizabeth Mitchell, Eric Michael Cole, Faye Dunaway, Mercedes Ruehl
Produção: Jay McInerney, Michael Cristofer
Roteiro: Jay McInerney, Michael Cristofer
Fotografia: Rodrigo García
Trilha Sonora: Terence Blanchard
Duração: 120 min.
Ano: 1997
País: EUA
Gênero: Drama
Cor: Colorido/ Preto e Branco
Distribuidora: Warner Bros
Estúdio: HBO