
Filme de Jonathan Demme,lançado em 93, foi importante na luta contra o preconceito dos portadores da AIDS.
Se teve um assunto que amedrontou muita gente nos anos 80 e 90, foi a doença que alguns chamavam de maldita, câncer dos gays, cura do homossexualismo, enfim a AIDS.Muitas idéias pré concebidas foram ditas sobre ela, como por exemplo, que o toque com um portador do vírus da HIV transmitia a doença, ou se passava por um espirro!
A luta para acabar com este preconceito idiota foi enorme. Por mais que os médicos e especialistas dissessem que muitas coisas ditas sobre a AIDS fossem mentira, de nada adiantava. Parecia uma luta perdida. Mas no ano de 1993 é lançado um grande filme de Jonathan Demme (o mesmo diretor de O Silêncio Dos Inocentes) que ajudaria e muito nesta luta e a quebrar esse tabu: Filadélfia.
O filme conta a história de Andrew Hackett (Tom Hanks numa atuação espetacular que lhe rendeu o Oscar de melhor ator daquele ano), um advogado de sucesso de um importante escritório de advocacia da cidade de Filadélfia. Ele esconde de seus patrões o fato de ser soro positivo, pois sabe que o preconceito em relação à AIDS é muito grande. Quando as manchas aparecem no rosto de Andrew, sinal que a doença está começando a se manifestar, seus chefes o demitem.
Por achar que foi demitido por uma causa injusta, o advogado decide processar a empresa. Para isso ele contrata os serviços de Joe Miller (Denzel Washington) único profissional que aceita o ajudar no caso, que por ironia do destino foi seu rival num antigo processo. Miller em nenhum momento esconde seu preconceito contra os homossexuais e com os portadores do vírus HIV. Porém com o andar da batalha jurídica, essas barreiras vão sendo vencidas e a amizade entre Andrew e Joe vai crescendo.
A cena que sacramenta o rompimento dos tabus que Miller possuía, é de uma beleza fora de série. Andrew da uma festa gay em sua casa e chama Miller e sua esposa para irem, ao final dela quando Andrew e seu advogado começam a ensaiar o interrogatório,Andrew pergunta a Miller se este gosta de ópera e através de uma que está tocando em seu aparamento, mostra para ele que seus pensamentos estavam errados e faz Joe ter uma nova visão a respeito dos gays e aidéticos.
Outros pontos positivos é a atuação de Antonio Banderas, que representa muito bem o namorado de Hackett (Miguel Alvarez) e a fantástica abertura do filme, que mais parece uma lição de como se deve abrir um filme de forma bela e casar perfeitamente música e imagem, onde é mostrada diversas cenas do cotidiano de Filadélfia com o fundo musical tocando Streets Of Philadelfia, execelente canção de Bruce Springsteen que rendeu o segundo Oscar ao filme, por melhor canção.
Mais do que um grande filme, com atuações espetaculares de Hanks e Washington, que todo cinéfilo deve assistir (ou já assistiu), Filadélfia foi uma importantíssima e poderosa arma na luta em prol das vítimas da AIDS é uma grande lição da nossa história, cuja mensagem deve ser sempre passada adiante.
FICHA TÉCNICA
Diretor: Jonathan Demme
Elenco: Tom Hanks, Denzel Washington, Jason Robards, Mary Steenburgen, Antonio Bandeiras, Joanne Woodward, Robert Ridgely, Charlies Napier.
Produção: Jonathan Demme, Edward Saxon
Roteiro: Ron Nyswaner
Fotografia: Tak Fujimoto
Trilha Sonora: Howard Shore, Bruce Springsteen, Neil Young
Duração: 125 min.
Ano: 1993
País: EUA
Gênero: Drama
Cor: Colorido
Estúdio: TriStar Pictures